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Polícia Brasil
Sexta - 05 de Novembro de 2004 às 08:21
Por: ADILSON ROSA

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O número de homicídios registrados pela Polícia Civil mantém-se com pouca alteração, mas o que preocupa é a quantidade de jovens envolvidos.

O mês de outubro terminou com 25 assassinatos em Cuiabá e Várzea Grande, um número 7,1% inferior ao registrado no mês anterior, quando houve 27 execuções. Em agosto, ocorreram 28 assassinatos - o mês mais violento de 2004. No ano, a lista das execuções chega a 239, um índice inferior se comparado ao dos anos anteriores. Os dados fazem parte de um levantamento realizado pela Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) da capital.

Em outubro, dos 25 assassinatos, 14 vitimaram jovens de 18 a 24 anos e um adolescente, todos executados a tiros, pauladas ou espancados até a morte. No bairro Cristo Rei, ocorreram quatro assassinatos envolvendo jovens.

As investigações da DHPP sobre os crimes de outubro apontam para acerto de contas, motivos fúteis e execuções em briga entre traficantes e usuários de drogas. Mas um grande número é de execuções por motivos fúteis. Os policiais entendem que o fato da pessoa possuir um revólver já a motiva para praticar um crime.

São assassinatos como de Rubens de Assis Miranda, de 24 anos. Conforme policiais da DHPP, ele foi assassinado a tiros nas proximidades da “Boca-da-Preta” no bairro Osmar Cabral. No outro crime, ocorrido no mesmo bairro, Alex da Costa, de 18 anos, foi morto com um tiro na boca quando ocupava a garupa de uma motocicleta.

Há casos de policiais que atiraram para revidar e acabam matando. No bairro Cristo Rei, Welington Pinto Rosa, de 23 anos, morreu num tiroteio com um policial militar que estava num ônibus. O cúmplice de Welington, que o aguardava numa motocicleta, fugiu.

Segundo o delegado João Bosco de Barros, o número de assassinatos esclarecidos em setembro é superior a 90% - o mês de outubro ele ainda não tabulou.

“Estamos dentro da média (de esclarecimento), o que é positivo”, disse Barros. O delegado explicou que a maior parte dos assassinatos tem ligação com o tráfico de drogas. “São crimes que, de uma maneira ou de outra, possuem algum indício de ligação com o tráfico”, explicou.

O maior problema enfrentado pelos policiais é quando a vítima fica internada vários dias no Pronto-Socorro, morrendo em seguida. Com isso, os policiais tomam ciência do caso dias depois. “Se conseguimos esclarecer tantos assassinatos é porque agimos de imediato, mas casos que são tratados como tentativa de homicídios acabam dificultando a investigação por causa da demora”.




Fonte: Diário de Cuiabá

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