Construção de posto receptor de agrotóxicos em Alta Floresta depende de liberação

Embora a pecuária seja a economia predominante na região de Alta Floresta, os produtores também são responsáveis por uma pequena parcela da economia da região. São cerca de 15 mil hectares cultivados, em sua maioria, com soja, nos municípios de Alta Floresta, Carlinda e Paranaíta. Apesar da produção ser pequena um dos problemas das lojas revendedoras de agrotóxicos –responsáveis pela destinação das embalagens- era onde deixar as embalagens usadas pelos produtores. A solução era enviar para a central mais próxima, que no caso Sorriso (mais de 350 km de Alta Floresta) o que gerava custos. Mas os proprietários de lojas revendedoras uniram forças e decidiram criar se uniram e decidiram então construir um posto receptor de embalagens.

O presidente ARAFLOR (Associação as Revendas de Agrotóxicos de Alta Floresta e Região), Eduardo Machado, disse ao Só Notícias que já está com quase tudo pronto para iniciar a obra, resta apenas o termo de licença de instalação expedido pela Fema (Fundação Estadual do Meio Ambiente). “Assim que o termo for liberado iniciaremos as obras”, assegurou. “Não sei quanto tempo isso pode levar mas a qualquer momento a fundação pode autorizar a construção e iniciaremos as obras”, ressaltou. “É uma burocracia muito grande. A liberação é o maior entrave. Nos unimos, fomos atrás de tudo, conseguimos recursos, área enfim, fizemos a coisa andar mas esbarramos nessa burocracia que trava tudo”, lamentou a demora na liberação da licença mas acrescentou que isso se deve ao fato de não haver técnicos na região disponíveis para os trabalhos de vistoria o que depende de Cuiabá. A autorização para construção do posto já foi até divulgada no Diário Oficial da União.

De acordo com Eduardo a área onde o posto será construído tem 1 hectare e foi cedida pela prefeitura. A obra tem cerca de 275 metros quadrados e os R$ 130 mil necessários para os investimentos foram conseguidos através das revendas -que doaram 50% e o restante pelo INPEV (Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias).

O presidente da associação não soube informar a capacidade de armazenamento de embalagens mas disse que serão enviadas de cidade de Alta Floresta, Paranaíta e Carlinda, cidades que foram a associação com 4 revendas. “Os produtores das cidades como Apiacás, Nova Bandeirantes vão estar enviando suas embalagens para Nova Monte Verde, onde também está sendo construindo um posto e está no mesmo patamar que o nosso, só falta liberação”, disse quando perguntado quanto as embalagens das outras cidades da região.

Eduardo Machado acredita que assim que a liberação para a o funcionamento do posto foi dado pela Fema, as obras terão início e devem ficar prontas em 90 dias. Segundo ele, a construção do posto em Alta Floresta irá facilitar os trabalhos das revendas que terão um local adequado para armazenar as embalagens e assim que completarem uma carga -o equivalente a uma carreta- com embalagens vazias já podem acionar a indústria de agrotóxicos para que retire as embalagens dos postos e envie as centrais.