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Professora de marketing político diz que só propaganda não ganha eleição
A professora Helcimara de Souza Telles, coordenadora do curso de pós-graduação em Marketing Político da Universidade Católica de Salvador, afirmou em entrevista à Rádio Nacional de Brasília, que "embora seja um componente relevante não é só de propaganda que se constitui uma eleição".
"Para ganhar uma eleição é preciso que se tenha capital político, levando ao eleitor uma mensagem que se identifique com perfis sociológicos e idéias capazes de impressioná-lo. O capital político é o conjunto de relações variáveis que são criadas entre os partidos e as máquinas partidárias", disse Helcimara.
De acordo com a professora, nos estados da região Nordeste o capital político é criado a partir das lideranças políticas e em outras regiões já é mais organizado, pois opera em estruturas mais partidárias.
Na opinião da professora, marqueteiro na realidade é apenas uma peça a mais no convencimento do eleitor. "Não é a peça exclusiva, nem tampouco a principal, e a imagem do marqueteiro não pode ser confundida com a imagem do candidato, pois nem sempre é positivo", afirma.
"O contexto político direciona mais as campanhas do que o próprio publicitário. O candidato não é produto de uma imagem, cujo espectro já deve vir da expectativa do eleitor".
Ela lembra o caso do ex-presidente Fernando Collor, em que as pesquisas mostravam na ocasião que a população desejava um candidato com suas características. "Na verdade o marketing trabalha a parte dos desejos colocados pelo eleitorado e, por si só, ele não consegue criar uma vontade política", diz.
A professora cita um ditado que diz que se o marketing ganhasse eleições, elas terminariam sempre empatadas, porque todos os candidatos contratam bons publicitários.
Helcimara de Souza reconhece que o corpo-a-corpo é um tipo de marketing. Ressalta no entanto que no corpo-a-corpo "o candidato tem que se colocar a partir da militância e da estrutura da própria organização, porque o marketing novamente não consegue estruturar ou formar uma organização, se ela não tiver um corpo de militantes e políticos profissionais que a sustentem".
"Para ganhar uma eleição é preciso que se tenha capital político, levando ao eleitor uma mensagem que se identifique com perfis sociológicos e idéias capazes de impressioná-lo. O capital político é o conjunto de relações variáveis que são criadas entre os partidos e as máquinas partidárias", disse Helcimara.
De acordo com a professora, nos estados da região Nordeste o capital político é criado a partir das lideranças políticas e em outras regiões já é mais organizado, pois opera em estruturas mais partidárias.
Na opinião da professora, marqueteiro na realidade é apenas uma peça a mais no convencimento do eleitor. "Não é a peça exclusiva, nem tampouco a principal, e a imagem do marqueteiro não pode ser confundida com a imagem do candidato, pois nem sempre é positivo", afirma.
"O contexto político direciona mais as campanhas do que o próprio publicitário. O candidato não é produto de uma imagem, cujo espectro já deve vir da expectativa do eleitor".
Ela lembra o caso do ex-presidente Fernando Collor, em que as pesquisas mostravam na ocasião que a população desejava um candidato com suas características. "Na verdade o marketing trabalha a parte dos desejos colocados pelo eleitorado e, por si só, ele não consegue criar uma vontade política", diz.
A professora cita um ditado que diz que se o marketing ganhasse eleições, elas terminariam sempre empatadas, porque todos os candidatos contratam bons publicitários.
Helcimara de Souza reconhece que o corpo-a-corpo é um tipo de marketing. Ressalta no entanto que no corpo-a-corpo "o candidato tem que se colocar a partir da militância e da estrutura da própria organização, porque o marketing novamente não consegue estruturar ou formar uma organização, se ela não tiver um corpo de militantes e políticos profissionais que a sustentem".
Fonte:
Agência Brasil
URL Fonte: https://www.reporternews.com.br/noticia/368457/visualizar/
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