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Internacional
Segunda - 01 de Novembro de 2004 às 16:18

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As queixas por irregularidades na organização da eleição presidencial americana se multiplicam e trazem o temor de uma repetição do pesadelo de 2000, apesar da convocação pelos dois partidos de um exército de advogados nos estados-chave. O New York Times publicou hoje uma matéria intitulada "O que fazer no dia da eleição?", que distribui conselhos de último minuto, como ir votar com um celular e os números dos principais centros cidadãos - onde juristas respondem às perguntas dos eleitores e anotam suas queixas - para notificar qualquer irregularidade.

Um destes números, o do programa Election Protection, que reúne diversas associações de juristas, recebeu mais de 40.000 chamadas desde seu lançamento, no início do mês de outubro, segundo sua porta-voz Kim Alton.

Até agora, as chamadas se referiram principalmente a problemas de inscrição nas listas eleitorais a "pessoas que não sabem em que centro de votação ir ou outras que ainda não receberam suas cédulas de voto por correspondência", comentou a porta-voz à AFP.

Amanhã, 7.000 advogados e estudantes em direito responderão às chamadas dos eleitores, de seis da manhã na costa leste até o fechamento dos colégios eleitorais, às 20H00 no litoral californiano.

Um exército de juristas será posicionado nos centros de votação, principalmente nos dos Estados mais disputados, para detectar rapidamente qualquer problema.

"Cada vez que veremos um eleitor sair de um centro de votação sem o adesivo 'Eu votei', iremos vê-lo para saber qual foi o problema", resumiu Elliot Mincberg, diretor jurídico do People for the Americano Way Foundation.

O Partido Democrata anunciou há várias semanas que pode contar com 10.000 advogados para "proteger os direitos dos eleitores". Sem mencionar números, os republicanos deixaram a entender que estabeleceram o mesmo esquema, sustentando implicitamente que serve para responder às queixas sem fundamentos dos democratas.

Por sua vez, o Ministério da Justiça mobilizou três vezes mais observadores que em 2000 para vigiar as eleições.

Mais de mil funcionários federais serão encarregados de impedir as eventuais tentativas de intimidação contra as minorias em 86 circunscrições "sensíveis", localizadas principalmente na Flórida (sudeste), manchada por diversas irregularidades na eleição de 2000.

"Muitos advogados já estão prontos para pular na mínima irregularidade, o que significa que, mais uma vez, juízes poderão escolher nosso próximo presidente", teme Bob Richie, diretor do Center for Voting and Democracy.

Em 2000, a vitória do presidente George W. Bush foi proclamada pela Corte Suprema, após 36 dias de extrema confusão.




Fonte: AFP

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