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Cidades/Geral
Domingo - 31 de Outubro de 2004 às 13:32
Por: Daniel Pettengill

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Para Dom Bonifácio Piccinini, arcebispo de Cuiabá por décadas, a desinformação e a necessidade fizeram com que os religiosos da época vendessem sem critérios objetos que não os pertenciam.

"Não estava aqui nessa época, mas imagino que os padres queriam se desfazer de coisas velhas para buscar uma forma de arrecadar recursos para manter as igrejas", pondera Dom Bonifácio, que, no entanto, admite que eles erraram ao não ter noção dos reflexos que isso poderia causar. "Hoje o Vaticano exige muito cuidado e atenção com o patrimônio das igrejas, o que antigamente não estava claro", acrescenta.

Já para o historiador Paulo Pitaluga, que escreveu o prefácio do livro da comerciante de arte sacra Nóbrega, a retirada de parte do patrimônio histórico de Mato Grosso deve-se à atitude das autoridades religiosas da época.

"Os particulares, por serem os proprietários de seus bens antigos, se desfaziam do que era seu. A igreja não, vendeu um precioso patrimônio histórico cultural de propriedade única do povo deste Estado", observa Pitaluga. Mesmo assim, o historiador pondera que não se pode reprimir a ação dos padres, uma vez que o senso de preservação não estava presente na sociedade da época. "Hoje isso não ocorreria".

O Iphan afirma que não é possível dimensionar ou mesmo estimar o valor das peças históricas retiradas de Mato Grosso na época.




Fonte: A Gazeta

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