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Internacional
Sábado - 30 de Outubro de 2004 às 10:48
Por: Namir Sobhi

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Um soldado dos EUA morreu e outro ficou ferido na explosão de um carro-bomba na cidade de Ramadi, enquanto que em Samarra, tomada no início do mês a sangue e fogo por forças americanas, foram travados novos combates com rebeldes.

Além disso, pelo menos 17 pessoas ficaram feridas neste sábado ao explodir um carro-bomba em frente à sede da rede de televisão "Al Arabiya" em Bagdá, que está a cerca de 250 metros da embaixada da Espanha, segundo disseram a EFE fontes policiais.

Várias vidraças da legação diplomática espanhola, situada no bairro de Al Mansura, ao oeste de Bagdá, ficaram danificadas e quatro carros da segurança iraquiana custodiam a entrada da embaixada, segundo pôde comprovar o correspondente da EFE.

"A explosão provocou um grande incêndio" que poderia se propagar a edifícios vizinhos, disse Nayua Qasem, redatora da "Al Arabiya" em Bagdá, que não pôde confirmar se o alvo do carro-bomba era a sede da rede, pois na área "há escritórios de várias organizações".

A poucos metros do local do atentado tem sua sede o Partido Democrático do Iraque, dirigido por Adnan Bachachi, membro do Conselho Nacional Iraquiano, embrião do futuro Parlamento.

Em Ramadi, um motorista suicida detonou na sexta-feira passada a carga explosiva que levava escondida em seu veículo na passagem de um comboio de soldados americanos e causou a morte a um militar e ferimentos a outro, segundo afirmou hoje um porta-voz militar dos EUA.

Segundo o Departamento americano de Defesa, 850 militares dos EUA morreram "em ação" desde a invasão do Iraque, em março do ano passado.

As tropas americanas estão preparadas para lançar uma operação militar contra as cidades de Ramadi e Faluja, no chamado "triângulo sunita", que permita recuperar o controle de ambas as localidades.

Na mesma área, na cidade de Samarra, um civil iraquiano morreu e sete agentes da Guarda Nacional ficaram feridos ontem à noite ao estalar novos combates com rebeldes, informaram hoje fontes policiais.

Elas agregaram que homens armados atacaram um posto de controle estabelecido por soldados dos EUA na cidade, depois do que se desencadearam confrontos armados nas ruas entre os agentes iraquianos e os rebeldes.

Samarra, situada cerca de 130 quilômetros ao noroeste de Bagdá, foi palco de violentos combates no início do mês, que se saldaram com mais de cem "rebeldes" mortos e a "recuperação" da cidade por parte do governo iraquiano e as tropas americanas.

Desde então, se sucederam os conflitos entre as forças iraquianas e americanas com grupos armados da cidade, que apesar de permanecer "sob controle" do Executivo provisório foi palco de vários atentados com carro-bomba no último mês.

Por outro lado, um grupo extremista iraquiano anunciou o seqüestro de um tradutor sudanês que trabalha para as tropas dos EUA no Iraque, segundo um vídeo difundido hoje pela "Al Arabiya".

A gravação mostrou o refém, identificado como Nuredin Zakaria, enquanto lia um comunicado das "Brigadas da Revolução", no qual pedia à companhia militar para a qual trabalha que se retire do Iraque.

Vestido com o uniforme militar americano, o capturado aparecia sentado diante de dois encapuzados vestidos de preto e armados, e pendurada na parede podia ser vista uma bandeira verde na qual se lia o nome da organização, que tomou o nome da rebelião contra a ocupação britânica do Iraque (1920-1932).

Desde que começou, em abril passado, a denominada "crise dos reféns", pelo menos 150 pessoas de diferentes nacionalidades foram seqüestradas no Iraque por grupos extremistas ou mafiosos.

Várias foram liberadas, outras permanecem ainda nas mãos de seus seqüestradores, enquanto que mais de trinta foram assassinadas por seus seqüestradores.




Fonte: EFE

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