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Economia
Sábado - 30 de Outubro de 2004 às 09:28
Por: José San Martin

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Dezessete focos da praga sigatoka negra (causada pelo fungo Micospharella figiensis morelet) foram detectados em bananais do município de Novo Mundo, a 784 km de Cuiabá, na região norte de Mato Grosso. A unidade do Instituto de Defesa Agropecuária (Indea) de Guarantã do Norte (690 km de Cuiabá) informou que um dos focos foi registrado dentro do município de Guarantã, localizado próximo à divisa com Novo Mundo, a cerca de 62 km da área na qual a produção é liberada para comercialização.

O responsável pela unidade do Indea em Guarantã, Marcelo Magalhães Pioli, ressalta que a área certificada corresponde a dez propriedades, totalizando cerca de 500 hectares, o que corresponde metade (50%) de toda a produção do município. Juntos os produtores produzem mensalmente cerca de 60 toneladas de bananas que podem ser comercializadas em todo o país e até no exterior, isso graças à certificação. Manter esta certificação é para o que o Indea vem trabalhando.

Providências

O Indea interditou a área para evitar a saída de bananas. Barreiras volantes diárias foram montadas e todo o caminhão que entra na área de produção é pulverizado (desinfectado) e vistoriado minuciosamente para evitar a disseminação da praga na área, cujo proprietário se dispôs a até destruir o bananal. O produto só pode ser transportado com permissão formal do Indea, que lacra o veículo e emite o Certificado Fitosanitário de Origem (CFO) para ser transportado.

Garantia

Pioli destaca que a fiscalização na área de produção livre é feita a cada 15 dias e tudo é acompanhado por um agrônomo cadastrado no Indea e supervisionado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

Outro município que trabalha para obter a distinção como área de produção livre da sigatoka é Matupá (665 km de Cuiabá).

Grande produtor de banana, a região já é considerada pelo Mapa como área de produção livre da sigatoka. Falta a certificação da OIE para que a produção possa ser vendida em todo país e até no exterior. Hoje as 60 toneladas produzidas lá só podem ser comercializadas no Estado.

Áreas livres

Desde a detecção da doença em Mato Grosso, há cinco anos, o Ministério da Agricultura só permite a comercialização fora do Estado da banana produzida em áreas certificadas como livres da doença (leia box) pelo ministério e a Organização Internacional de Epizootias (OIE).

Hoje, só o Vale do Iriri, em Guarantã do Norte, e a Gleba Macife, no município de Ribeirão Cascalheira (870 km de Cuiabá), detêm a distinção desde outubro de 2002.

Há três meses, a sigatoka acometeu bananais de São Paulo, Rio Grande do Sul e Minas Gerais, o que está forçando os Estados produtores a fazer um amplo levantamento para detecção da praga no sentido de buscar futuro reconhecimento de área livre.




Fonte: Folha do Estado

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