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Internacional
Sábado - 30 de Outubro de 2004 às 06:13

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Às vésperas da eleição para a Casa Branca, um vídeo do líder da rede Al-Qaeda, Osama Bin Laden, abalou mais uma vez a candidatura de George W. Bush. O terrorista ameaçou os Estados Unidos com novos atentados semelhantes aos de 11 de setembro de 2001, num vídeo divulgado pela rede de televisão Al-Jazira, do Qatar. A gravação foi ao ar por volta das 17h de sexta (hora de Brasília). O homem mais procurado do mundo responsabilizou o presidente Bush por estes atentados, afirmando que eles foram motivados pelas injustiças feitas por sua administração contra o povo árabe.

Confira o que disse Bin Laden

As agências de inteligência acreditam que realmente se trata de Bin Laden. Os EUA suspeitam que ele esteja escondido na área montanhosa que marca a fronteira entre o Afeganistão e o Paquistão.

"Continuam existindo razões para repetir o que já aconteceu" no dia 11 de setembro de 2001, disse Bin Laden, afirmando que a segurança do povo americano "não está nas mãos de (John) Kerry nem nas de (George W.) Bush".

Bin Laden também disse que a administração Bush se parecia com os "corruptos" governos árabes. "Nunca nos ocorreu que Bush deixaria 50 mil cidadãos em duas torres enfrentar esses horrores sozinhos, porque ele achou que escutar uma criança falando era mais importante", disse Bin Laden, referindo-se à visita de Bush a uma escola no momento dos ataques.

O líder da Al-Qaeda disse que pensou em atacar os EUA pela primeira vez após a invasão israelense ao Líbano, em 1982. "Enquanto assistia à destruição das torres no Líbano, me ocorreu castigar os injustos da mesma maneira... destruir as torres na América para que ela experimentasse um pouco do que estávamos experimentando e para que parasse de matar nossas mulheres e crianças", disse Bin Laden.

A Casa Branca disse que não modificaria o nível de alerta de terror nos EUA por causa do vídeo. Uma autoridade norte-americana disse que o vídeo não parecia conter uma ameaça específica. "Não há uma mudança (no nível de alerta) a essa altura, mas isso é algo que estudamos o tempo todo", disse o porta-voz da Casa Branca Scott McClellan.

Gravações anteriores

A última vez que se teve notícia de Osama bin Laden foi em 15 de abril, quando reivindicou de forma implícita os atentados de 11 de março em Madri, que mataram 192 pessoas. Em uma fita de áudio divulgada pela Al-Jazira, uma voz atribuída ao homem mas procurado do mundo afirmou que os ataques contra os trens nos subúrbios da capital da Espanha foram uma represália aos ataques no Iraque, Afeganistão e Palestina.

Em abril, emissoras árabes de TV divulgaram uma gravação sonora atribuída a Bin Laden, na qual ele oferecia uma trégua de três meses aos países europeus caso eles retirassem suas tropas dos países islâmicos. Ele não voltou a se manifestar ao final do prazo.

O último a aparecer em uma gravação de vídeo foi o "número dois" da Al-Qaeda, Ayman Zawahri, que no último 9 de setembro pediu que os muçulmanos de todo o mundo intensifiquem a resistência contra "as forças" dos cruzados (cristãos) e ocidentais onde quer que se encontrem.




Fonte: Terra

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