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Economia
Sexta - 29 de Outubro de 2004 às 06:05
Por: Nicola Pamplona

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Rio de Janeiro - A Petrobrás resolveu aderir ao coro dos descontentes com a atuação do Conselho de Política Monetária do Banco Central (Copom) e criticou publicamente a atuação do órgão. As críticas, porém, não se referem ao aumento da Selic: lembrando que não interfere na fixação das taxas de juros, a estatal reclamou, em nota, a ingerência do conselho na definição dos preços dos combustíveis no País.

Segundo a nota, "desde janeiro de 2004, o Copom insiste em estabelecer projeções para os preços da gasolina, sugerindo existir um tabelamento de preços que não existe no País". O texto refere-se às análises sobre o comportamento dos preços dos combustíveis e seu impacto na inflação. Na ata divulgada nesta quinta-feira, o conselho manteve uma perspectiva de aumento de 9,5% na gasolina este ano e disse que a "protelação" dos reajustes "reduz a eficácia da política monetária", pois alonga o período de expectativas sobre os novos preços e pode prejudicar a inflação de 2005.

Internamente, a direção da Petrobrás já vinha demonstrando insatisfação com as citações do Copom desde o início do ano - em todas as Atas há projeções sobre o preço dos combustíveis. Mas agora, como o documento foi mais incisivo em suas críticas à empresa, decidiu contra-atacar. Na avaliação da empresa, o Copom extrapolou o seu papel ao criticar a condução da política de preços e, caso não houvesse resposta, a estatal estaria "vestindo a carapuça", disse uma fonte.

A Petrobrás reafirma, como já vinha fazendo em entrevistas, que a política de preços dos combustíveis é de "exclusiva responsabilidade da empresa" e será mantida em 2005. "A Petrobrás não pretende emitir opiniões nem divulgar suas eventuais expectativas sobre as taxas de juros futuras", compara a estatal, cujo Conselho de Administração tem a participação do ministro da Fazenda, a quem está vinculado o Banco Central, Antônio Palloci.




Fonte: Agência Estado

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