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Polícia Brasil
Quinta - 28 de Outubro de 2004 às 07:51
Por: Daniele Danchura

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Há quase dois meses o delegado da Distrital do Porto Marcos Alvares encaminhou à Justiça um pedido de dilação de prazo para o inquérito que apura o crime de corrupção ativa envolvendo o advogado José Marcílio Donegá. Até ontem, o delegado ainda não havia recebido a resposta. Enquanto isso, o inquérito está parado e as intimações, suspensas.

O delegado explicou que antes, o que estava emperrando o inquérito eram as listagens das ligações telefônicas feitas pelos envolvidos, que as empresas estavam demorando para enviar. “Agora falta apenas uma empresa para enviar o material de quebra de sigilo”, completou.

Alvares pediu a quebra do sigilo telefônico dos celulares do advogado José Donegá, do seu suposto cliente Wilson Rubin do Amaral, e do tenente da Polícia Militar Juliano Paulo de Ataíde, que acusou o advogado de ter tentado suborná-lo para que liberasse um outro homem, que também seria seu cliente, preso por porte ilegal de arma. “Temos os fatos, mas não temos as provas. Sem as ligações não tem como saber quem está falando a verdade”, completou o delegado.

Ele lembrou também que já intimou o suposto cliente do Donegá, Wilson Rubin, mas quando ele se apresentou, teve que suspender a oitiva por que o inquérito já havia sido encaminhado para o Fórum Criminal com o pedido de dilação.

No caso de Donegá, o delegado disse que ainda não o intimou e não há previsão de quando vai chamá-lo, já que não está com o inquérito em mãos.

No Fórum Criminal

A reportagem da Folha do Estado esteve no Fórum Criminal de Cuiabá para saber sobre o andamento do inquérito.

A informação obtida junto à 15ª Vara Criminal é de que o inquérito foi encaminhado para o promotor Wagner Fachone, que o devolveu afirmando que o mesmo deveria ser repassado para a 12ª Promotoria Criminal, que trata de crimes contra a administração pública. O pedido foi enviado para a juíza da 15ª Vara, Marcemila Mello Reis, que o está apreciando. Conforme informado, até o fim desta semana o inquérito deverá ser encaminhado para a promotoria criminal.

O caso

No dia primeiro de agosto, a equipe da PM na qual estava no comando o tenente Juliano deteve Benedito Ramón de Oliveira, com um revólver calibre 38.

Durante a abordagem, o celular de Benedito tocou, ele atendeu e começou a conversar. O policial estranhou a conversa e pediu o telefone avisando a outra pessoa que o rapaz estava sendo preso. Esta outra pessoa ofereceu ao tenente R$ 3 mil para liberá-lo com a arma.




Fonte: Folha do Estado

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