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Internacional
Quarta - 27 de Outubro de 2004 às 15:29

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O número de desastres naturais e de mortos em conseqüência desses fenômenos aumentou na América Latina nos últimos dez anos e continuará essa tendência se não houver mais atenção à população desfavorecida que vive em áreas de risco, disse nesta quarta-feira a Federação Internacional da Cruz Vermelha (FICR).

"A América Latina é uma das regiões mais afetadas pelos desastres, particularmente os países da América Central, mais expostos a terremotos e furacões", disse à EFE Jonathan Walter, editor do relatório de 2003 da FICR sobre desastres no mundo.

Walter disse que na última década houve nos países latino-americanos houve, assim como em outras regiões do mundo, um aumento no número de desastres e de vítimas.

Segundo cálculos da FICR, entre 1993 e 2003 morreram no continente americano 76.557 pessoas de um total de 49,3 milhões de atingidos, enquanto dez anos antes houve 59.390 mortos entre 32,2 milhões de vítimas.

Entre os países com mais mortos entre 1993-2003, o relatório destaca Venezuela (30.419 mortos), Honduras (14.866), Estados Unidos (5.338), México (3.641), Nicarágua (3.492), Peru (3.392), Colômbia (2.852) e Brasil (2.348).

"Houve progressos em termos de prevenção de desastres na América Latina", comentou Walter, que citou como exemplo o caso da Guatemala, onde o governo estabeleceu sistemas de alarme em áreas propensas a inundações e adotou medidas de evacuação rápida em caso de cheias.

Walter advertiu que são necessários mais esforços para diminuir a vulnerabilidade da população, especialmente nas áreas mais desfavorecidas e propensas a desastres naturais, como terremotos, eruções vulcânicas e inundações.

O autor do relatório constatou que "nos últimos 30 anos triplicou no mundo tanto o número de desastres naturais como o número de pessoas atingidas por eles".

"Levando-se em conta a tendência de que esses desastres aumentem nos próximos anos, caso não haja planos de desenvolvimento que levem em conta os riscos da população nessas situações, o número de vítimas também aumentará", acrescentou.

Segundo Walter, na América Latina há um número crescente de pessoas que vivem em lugares sem planejamento ou nos subúrbios. O continente americano está atrás do asiático e do africano em número de vítimas por desastres naturais, segundo o documento, que constata o crescente aumento de pessoas que vivem em zonas de risco.

Walter pediu "responsabilidade dos governos e de instituições como as Nações Unidas e o Fundo Monetário Internacional (FMI), que são os que devem garantir que o desenvolvimento não ponha em perigo a vida das pessoas".




Fonte: EFE

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