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Estudar em acampamento não é fácil
Em Mato Grosso, aproximadamente três mil “sem-terrinhas”, entre sete e 12 anos, estão em sala de aula. São crianças que estudam em unidades construídas dentro do próprio assentamento ou que se deslocam até a cidade para estudar. “Essas crianças andam até dois quilômetros para pegar um ônibus, a maioria em situação precária”, afirma Marcilene Moraes, do setor de Educação da Coordenação do Movimento dos Trabalhadores Sem-terra (MST), em Mato Grosso.
“A criança que anda tanto, chega na escola cansada e com fome, o que atrapalha o seu aprendizado. Há a necessidade de construir novas unidades nos assentamentos”, cobra. De acordo com Marcilene Moraes, existem de 25 a 30 escolas espalhadas entre os acampamentos e assentamentos do MST.
O transporte escolar é um dos itens que farão parte da Pesquisa Nacional de Educação da Reforma Agrária, lançada pelo governo federal e que começa a ser feita a partir da próxima semana em 6,3 mil assentamentos de todo o país.
Será um levantamento completo sobre as estruturas das escolas, capacidade de atendimento, grau de instrução dos professores, merenda escolar, oferta de material didático e número de alunos atendidos. O trabalho vai durar dois meses e irá atingir cerca de três milhões de assentados. “Entendo que toda pesquisa é para intervir na realidade, trazer propostas e melhorarias. Pesquisa como esta é importante desde que se faça realmente alguma coisa para mudar”, observa.
De acordo com Marcilene Moraes, as escolas que hoje existem nos assentamentos foram construídas após muita luta do MST. “Em alguns assentamentos temos escolas de alvenaria, bem organizada e estruturada. Em outros, os próprios pais construíram as unidades de madeira”. Conforme ela, a situação é precária nos acampamentos, onde as aulas são dadas em barracos de lona, palha, ou mesmo em baixo das árvores.
De maneira geral, Marcilene Moraes comenta que as unidades localizadas nos assentamentos possuem mesas, cadeiras e lousas. “Quando o município não manda, os próprios pais confeccionam”.
Por outro lado, ela relata problemas em relação ao repasse da merenda escolar, entrega de livros didáticos e a necessidade de melhorar a infra-estrutura de muitas cozinhas. “Merenda escolar nos assentamentos também é coisa séria. Há casos que quando a merenda chega, não corresponde ao número de crianças que temos em sala de aula. Em outros, faltam panelas nas cozinhas ou o fogão é a lenha”, ressaltou.
Já o problema da falta de livros didáticos ocorreu na Escola Madre Cristina (que oferece os ensinos Fundamental e Médio), em Mirassol D’Oeste. “Até o ano passado, as crianças estudavam em um barracão. A construção em alvenaria é recente, mas faltaram os livros didáticos”, destaca.
Quanto ao grau de instrução dos professores, Marcilene Moraes afirma que os profissionais são formados em pedagogia ou magistério. Ela reforça que tanto nos assentamentos como nos acampamentos todas as crianças em idade escolar estudam. “Educação no movimento sem-terra é coisa séria, é prioridade. Todo mundo tem que estudar”.
“A criança que anda tanto, chega na escola cansada e com fome, o que atrapalha o seu aprendizado. Há a necessidade de construir novas unidades nos assentamentos”, cobra. De acordo com Marcilene Moraes, existem de 25 a 30 escolas espalhadas entre os acampamentos e assentamentos do MST.
O transporte escolar é um dos itens que farão parte da Pesquisa Nacional de Educação da Reforma Agrária, lançada pelo governo federal e que começa a ser feita a partir da próxima semana em 6,3 mil assentamentos de todo o país.
Será um levantamento completo sobre as estruturas das escolas, capacidade de atendimento, grau de instrução dos professores, merenda escolar, oferta de material didático e número de alunos atendidos. O trabalho vai durar dois meses e irá atingir cerca de três milhões de assentados. “Entendo que toda pesquisa é para intervir na realidade, trazer propostas e melhorarias. Pesquisa como esta é importante desde que se faça realmente alguma coisa para mudar”, observa.
De acordo com Marcilene Moraes, as escolas que hoje existem nos assentamentos foram construídas após muita luta do MST. “Em alguns assentamentos temos escolas de alvenaria, bem organizada e estruturada. Em outros, os próprios pais construíram as unidades de madeira”. Conforme ela, a situação é precária nos acampamentos, onde as aulas são dadas em barracos de lona, palha, ou mesmo em baixo das árvores.
De maneira geral, Marcilene Moraes comenta que as unidades localizadas nos assentamentos possuem mesas, cadeiras e lousas. “Quando o município não manda, os próprios pais confeccionam”.
Por outro lado, ela relata problemas em relação ao repasse da merenda escolar, entrega de livros didáticos e a necessidade de melhorar a infra-estrutura de muitas cozinhas. “Merenda escolar nos assentamentos também é coisa séria. Há casos que quando a merenda chega, não corresponde ao número de crianças que temos em sala de aula. Em outros, faltam panelas nas cozinhas ou o fogão é a lenha”, ressaltou.
Já o problema da falta de livros didáticos ocorreu na Escola Madre Cristina (que oferece os ensinos Fundamental e Médio), em Mirassol D’Oeste. “Até o ano passado, as crianças estudavam em um barracão. A construção em alvenaria é recente, mas faltaram os livros didáticos”, destaca.
Quanto ao grau de instrução dos professores, Marcilene Moraes afirma que os profissionais são formados em pedagogia ou magistério. Ela reforça que tanto nos assentamentos como nos acampamentos todas as crianças em idade escolar estudam. “Educação no movimento sem-terra é coisa séria, é prioridade. Todo mundo tem que estudar”.
Fonte:
Diário de Cuiabá
URL Fonte: https://www.reporternews.com.br/noticia/369760/visualizar/
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