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Nacional
Terça - 26 de Outubro de 2004 às 20:08

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José Serra (PSDB) endureceu as críticas às contas da gestão de Marta Suplicy (PT), sua adversária na disputa pela prefeitura paulistana. O tucano disse que o atual "descaso" na área pode comprometer o pagamento do funcionalismo ou dos fornecedores nos próximos meses.

"A tarefa, antes de tudo, aqui em São Paulo é sanear, dar seriedade administrativa para a prefeitura, é reduzir custos, cortar desperdício", disse Serra, na manhã desta terça-feira, em entrevista à Rádio Eldorado.

"Esta é a saída principal para São Paulo, porque eu poucas vezes vi um descaso tão grande em matéria financeira numa administração governamental, como existe aqui na cidade."

O tucano classificou a situação financeira de "complicada", por causa dos gastos acima da arrecadação que, segundo ele, foram de 250 milhões de reais em 2002, de mais de 600 milhões de reais em 2003 e que devem ultrapassar a marca de 1 bilhão reais neste ano.

"Neste ano há gente que duvida que seja possível pagar o 13o (salário) e os fornecedores ao mesmo tempo. E há atrasos de pagamento generalizados, por todo lado."

Serra comparou o quadro financeiro atual da prefeitura com os deixados por Paulo Maluf, quando governador (entre 1979 e 1982) e por Antônio Fleury Filho (entre 1991 e 1994). "Vai dar, a meu ver, para arrumar a casa como o Montoro arrumou a casa depois do Maluf, como o Covas arrumou depois do governo Fleury", disse.

Eleito governador em 1982, Franco Montoro, então PMDB, foi depois um dos fundadores do PSDB juntamente com Serra e Mario Covas, que foi eleito para o cargo em 1994 e reeleito quatro anos depois.

"Nós vamos ter que fazer isso aqui. A situação é parecida, do ponto de vista econômico e financeiro nesses três términos de governo."

O candidato disse que pretende cortar custos da prefeitura. "Você tem muita margem de custo e desperdício para enxugar", afirmou, citando, como exemplo, preços pagos pela atual gestão por carros da guarda municipal e pelas obras dos piscinões.

No início da entrevista, convidado a falar sobre pontos que considerava positivos da gestão de Marta, que busca a reeleição, o tucano evitou elogios, dizendo que somente quando assumisse poderia fazer uma análise.




Fonte: Reuters

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