PTB nacional conta com filiações de deputados de MT

O presidente nacional do PTB, deputado Roberto Jefferson (RJ), nega que insatisfações em sua base parlamentar possam suscitar dificuldades em seu relacionamento com o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "Nossa relação nunca esteve mais forte", disse à Agência Estado, ponderando que o PT conheceu melhor o PTB neste processo eleitoral. A conseqüência desta aproximação, segundo ele, deve vir no processo de reforma ministerial prevista para depois das eleições. Indagado sobre as conseqüências dessa aproximação, Jefferson respondeu: "Depois do noivado, vem o casamento e os filhos".

Jefferson disse que a eleições municipais provocaram poucas baixas na bancada do PTB. "Vamos perder quem não tem sintonia com o partido e vamos receber muita gente", afirmou. Além da saída do deputado Roberto Magalhães (PE), ele admitiu outras duas baixas: os deputados Jair Bolsonaro (RJ) e João Alberto Fraga (DF) que, segundo ele, são críticos contumazes do governo. Em Pernambuco, Jefferson disse que a crise teria sido resolvida, com a saída de Magalhães, descartando outros desligamentos.

Com a saída de Magalhães, o PTB, que tinha 52 deputados, ficará com 48 deputados quando os prefeitos eleitos do partido assumirem seus mandatos em 1º de janeiro, abrindo vaga para suplentes de outros partidos eleitos em suas coligações. Jefferson, no entanto, afirmou que a bancada na Câmara crescerá e terá 60 deputados com as novas filiações. Ele contabiliza a entrada de deputados do Maranhão, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Mato Grosso e Espírito Santos, vindos do PFL, PPS e PSDB.