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Cidades/Geral
Segunda - 25 de Outubro de 2004 às 22:32
Por: Sérgio Roberto

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Uma parcela próxima de 90% da população de Tangará da Serra está domiciliada nos bairros não centrais da cidade. É nestas localidades urbanas que os cidadãos levam a sua vida doméstica, se divertem, criam seus filhos e, sobretudo, sentem as suas reais necessidades sociais.

Tangará da Serra possui uma área urbana com mais de 80 bairros e loteamentos. Além do bairro Centro, onde se concentram os estabelecimentos comerciais e os escritórios do segmento liberal, há também um enorme índice de imóveis domiciliares. Esta área, porém, é servida por boas condições de infra-estrutura, como pavimentação asfáltica, iluminação, galerias de águas pluviais, rede coletora de esgoto, segurança, e alguns “luxos” como a rede de TV a cabo. Nos demais bairros, a situação é bem diversa.

A cidade pode ser dividida em sete ou oito grande regiões urbanas, que englobam os principais, mais tradicionais e populosos bairros e os loteamentos. Ao norte/nordeste da cidade há a região da Vila Horizonte, que inclui localidades como Jardim do Lago, Jardim Mirante, Santiago, Pomares, Tarumã e Santa Isabel. Pode-se incluir nesta região também a Cohab e, mais a oeste, o Residencial Dona Júlia, Jardim Itália, Jardim Araputanga, Jardim Atlântida e Nossa Senhora Aparecida.

Ao Sul, destacam-se localidades como Vila Alta, Vila Santa Teresinha, Vila Portuguesa, Jardim Tapirapuã, Cristo Rei, Vila Real e Santa Fé. Mais a leste, outros bairros populosos são centralizados pelo Jardim Shangri-lá (Alto Alegre, Santa Marta, Vila Londrina e, mais próximo ao Centro, o Jardim Rio Preto) e Vila Goiás (Jardim Acapulco, São Marcos, Vila Maringá e Jardim Paulista).

Complexos urbanos importantes e de grande concentração de moradores estão localizados ao oeste, como a Vila Esmeralda, Jardim Presidente, Jardim San Diego, Monte Líbano e Jardim Vitória. No leste, destacam-se o Jardim Europa, Jardim do Sul, Paraíso e Angola. No sudeste estão o Jardim dos Ipês, o Residencial Alto da Boa Vista, Jardim Aeroporto, São Luís, e Vila Nazaré.

Os moradores de todas estas regiões periféricas do aglomerado urbano de Tangará da Serra têm reivindicações em comum: asfalto, iluminação pública, segurança e áreas de lazer. Vale lembrar que as obras de pavimentação sempre são as que mais exigem investimento de recursos, já que antes da capa asfáltica é necessário prover o local de galerias de águas pluviais e redes coletoras de esgoto. Sem as galerias, a vida útil do asfalto é reduzida de maneira drástica, enquanto a inexistência de rede coletora de esgoto e a presença de fossas comprometem a qualidade de vida dos moradores. Em alguns bairros, como o Cristo Rei e a Vila Real, nas imediações do Bosque Municipal, possuem o lençol freático praticamente à flor do solo, impedindo a construção de fossas.

Estes locais já foram dotados pelo poder público municipal de rede coletora de esgoto.



Plano Diretor ainda está incompleto

O Poder Público Municipal tem até o ano de 2006 para definir o seu Plano Diretor, conjunto de leis essencial para o atendimento ao Estatuto da Cidade, a partir do qual todo o município deverá espelhar a sua dinâmica urbana.

O Plano Diretor de Tangará da Serra começou a ser elaborado em 1996, na administração do prefeito Saturno Masson. A prefeitura, na oportunidade, através da Secretaria de Planejamento, criou a COMURB - Comissão Municipal de Urbanismo – que reunia representantes dos mais diversos segmentos da sociedade com o objetivo de desenvolver um Plano de Desenvolvimento Urbano. A execução do projeto foi interrompida, e até o momento o município não conta com o seu Plano Diretor.

Neste código de normas se inclui a Lei de Abairramento, cujo projeto não chegou a ser aprovado pela Câmara Municipal. A norma cria de forma oficial e regular os bairros, que, no caso de Tangará da Serra, muitos deles ainda são, tecnicamente, considerados loteamentos. Esta situação compromete a alocação de recursos a partir de emendas parlamentares e celebração de convênios com as esferas estadual e federal de governo, e outras fontes, para investimentos nestas localidades.

A Lei de Abairramento é fundamental para a elaboração do Plano Plurianual, que possibilitará um planejamento urbano regionalizado, estabelecendo critérios e prioridades de infra-estrutura urbana a cada um dos bairros da cidade.




Fonte: Diário da Serra

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