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Internacional
Segunda - 25 de Outubro de 2004 às 16:43

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O ex-ministro português José Manuel Durão Barroso, designado em julho passado presidente da próxima Comissão Européia, enfrenta nesta quarta-feira um veto do Parlamento Europeu por não modificar sua futura equipe executiva. A escolha de Barroso obteve o apoio dos 25 países da União Européia (UE) há alguns meses, depois de longas e duras negociações nas quais foram rejeitados vários aspirantes como o premier belga, Guy Verhofstadt, e o eurocomissário britânico Chris Patten.

O ex-ministro português se define como "social-democrata de centro, moderado, reformista e crítico do poder estatal" mas rejeita ser tachado de "neoliberal fundamentalista".

Começou no mundo da política, no entanto, na extrema-esquerda, depois da Revolução dos Cravos de 25 de abril de 1974 que pôs fim à ditadura salazarista em Portugal.

O premier de centro-direita de Portugal recebeu em julho o sinal verde do Parlamento Europeu, apesar das críticas sobre seu patrocínio da reunião de cúpula dos Açores, em 2003, que reuniu o presidente americano George Bush, o primeiro-ministro britânico, Tony Blair, e o chefe de governo espanhol na época, José María Aznar, antes da invasão do Iraque, que Lisboa apoiou.

Barroso foi chamado de "acomodado, fraco e sem carisma, sem personalidade para se opor aos líderes europeus" pelo ex-presidente socialista português, Mario Soares. Mas ele teve a seu favor o apoio de todos os países europeus, o que deverá conservar para que o executivo tome decisões ao gosto de todos.

No momento, enfrenta problemas com o Parlamento Europeu.

O grupo de deputados de esquerda votou contra "sua política liberal" e "sua orientação atlântica".

Agora, tanto a esquerda como os verdes e os socialistas ameaçam votar contra sua equipe na quarta-feira porque fez ouvidos moucos à exigência de mudar de pasta o conservador italiano Rocco Buttiglione, por suas declarações polêmicas sobre a homossexualidade, a figura da mulher e da família.

Barroso vem defendendo com empenho sua equipe de comissários, ao negar-se a fazer mudanças na distribuição das carteiras.

Mas as críticas recebidas do Europarlamento debilitarão o futuro da equipe de comissários se não houver modificações e estas forem confirmadas pela câmara.

Na agenda de Barroso estão a entrada na UE da Bulgária e da Romênia, em 2007 e, mais tarde, da Croácia, além do polêmico debate sobre a integração da Turquia, além das difíceis negociações do próximo orçamento plurianual europeu (2007-2013), para o qual a Comissão apresentará propostas aos 25 em breve.





Fonte: AFP

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