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Cidades/Geral
Segunda - 25 de Outubro de 2004 às 10:25
Por: RAQUEL TEIXEIRA

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Objetivo é verificar a real situação sócio-econômica em que vivem os povos indígenas de Mato Grosso.

Com o objetivo de mensurar a real situação sócio-econômica em que vivem os povos indígenas de Mato Grosso, a Superintendência de Política Indígena, ligada à Casa Civil, está preparando um cadastro da população que abrange 38 etnias em todo o Estado. Por meio do cadastro, o Governo quer saber com precisão quantos índios há, em que condições de saúde, moradia e educação vivem, para que, de posse dos dados, possa identificar e planejar com maior eficiência as políticas públicas destinadas a esses povos.

De acordo com o superintendente de Política Indígena, Idevar Sardinha, a intenção é buscar dados atuais para que todos os setores do Governo tenham um banco de informações e conheça a realidade em que vivem os povos indígenas. "Esse trabalho nunca foi realizado antes e, além de buscar informações físicas, queremos identificar os líderes de cada etnia, aldeia por aldeia", afirmou Sardinha.

Segundo ele, o cadastro busca identificar a população - adulta e infantil - sendo que as crianças e adolescentes serão divididos em faixa etária, números de nascidos vivos e de mortalidade infantil, número de idosos, quantas índios em idade escolar, procurando dessa forma identificar a necessidade educacional de cada área indígena.

"Saber quantas crianças índias temos é importante para que se possam identificar quantas estão fora da escola e quantas estudam, além de saber se a taxa em que índices estão os nascimentos e mortes entre eles", ressaltou o superintendente, destacando a importância do trabalho para se saber com exatidão quantos índios vivem no Estado, uma vez que os órgãos federais que trabalham com a população indígena - Funai e Funasa - divergem sobre os números.

O trabalho será feito através de visitas e contatos da superintendência nas aldeias e com os líderes de cada uma. Nesta quinta-feira (21.10), o cadastro foi apresentado a líderes xavantes da reserva Parabubure, localizada nos Municípios de Nova Xavantina e Campinápolis, onde vivem aproximadamente 3.300 índios, distribuídos em 28 aldeias.

Para o cacique Adalberto Omnhorõwê, da aldeia Muridu, o trabalho que a superintendência está realizando demonstra a real preocupação que a atual administração do Governo do Estado tem para com os indígenas."Além disso, viemos até aqui para conhecer de perto o andamento dos trabalhos da superintendência e trazer as reivindicações da nossa reserva quanto à educação, alimentação e estradas", afirmou o cacique, que na oportunidade, junto com outros quatro caciques, representavam os 27 líderes xavantes da reserva Parabubure.

Conforme Sardinha, a previsão é de que a Superintendência possa concluir esse cadastro dentro de um ano, abrangendo todas as áreas indígenas do Estado.




Fonte: Secom-MT

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