Primeiro Emprego completa um ano longe de metas

Ao completar um ano, o programa federal Primeiro Emprego não chegou nem perto das metas anunciadas pelo governo em sua criação. Segundo o jornal Estado de São Paulo, das 70 mil vagas previstas, foram criadas 2.192. Das mais de 750 mil empresas convidadas a participar, só 4.126 se inscreveram.

O cadastro nacional do programa possui 171.346 jovens de 16 a 24 anos, um número insignificante já que só a Grande São Paulo tem mais de 800 mil desempregados nessa faixa etária.

Apesar do governo considerar prioridade o programa, o percentual gasto até agora não alcança nem 1% dos R$ 189,1 milhões previstos no Orçamento. Foi pago apenas R$ 1,1 milhão. Do total, R$ 92,5 milhões deveriam subsidiar empresas que passaram a contratar jovens, mas só R$ 63.300 foram pagos até o dia 8.

O Estado de São Paulo cita o caso do empresário Marcos Galutti, da metalúrgica Austemp, de Santo André, que contratou um jovem em fevereiro e desde abril não recebe o subsídio como incentivo pela contratação.

O programa Primeiro Emprego

A Lei 10.748, de 22 de outubro de 2003, criou o Programa Nacional de Estímulo ao Primeiro Emprego, que previa incentivos entre R$ 600 a R$ 1.200 por vaga criada a fim de incentivar empresas a contratarem jovens. O dinheiro seria pago em seis parcelas bimestrais.

Em maio, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva editou uma medida provisória criando um subsídio único de R$ 1.500 e diminuindo algumas restrições para contratação.