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Internacional
Sexta - 22 de Outubro de 2004 às 20:49

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A força de paz da ONU no Haiti deve atingir seu contingente máximo, superior a 8.000 militares e policiais, até o final de novembro, disse hoje o enviado especial da Organização das Nações Unidas ao país.

O Brasil, que comanda a tropa enviada ao país para restaurar a ordem depois da rebelião que culminou na fuga do presidente Jean-Bertrand Aristide, em fevereiro, disse na semana passada que precisa de reforços urgentes para controlar a crescente violência no Haiti.

O Conselho de Segurança da ONU autorizou o envio de 6.700 militares e 1.622 policiais ao Haiti, mas até agora o total está em torno de 3.000 homens. "Até o final de novembro, esperamos ter 6.200 membros da missão militar e vamos atingir cerca de 2.400 policiais internacionais", afirmou à Reuters o representante da ONU Juan Gabriel Valdés, citando um número total ligeiramente superior aos 8.322 previstos originalmente.

"Acho que a essa altura conseguiremos começar alguns esforços muito importantes, particularmente no desarmamento", afirmou.

A abundância de armas nas mãos dos simpatizantes de Aristide e dos ex-militares que participaram da rebelião complica o trabalho das tropas lideradas pelo Brasil.

A capital, Porto Príncipe, está mergulhada na violência há algumas semanas. Mais de 50 pessoas morreram durante um confronto durante uma manifestação de seguidores do ex-presidente que exigiam sua volta do exílio, na África do Sul.

O Haiti, que é o país mais pobre das Américas, também luta para se recuperar das inundações de setembro, provocadas pela tempestade Jeanne, que matou mais de 3.000 pessoas no norte do país. Em maio, outras enchentes haviam matado o mesmo número de haitianos no leste.

Por causa da tensão política, o FMI adiou as negociações sobre a ajuda financeira ao Haiti, marcadas originalmente para a semana que vem.

Valdés lamentou essa decisão, ressaltando que a recente violência se restringe a áreas específicas da capital, e que o Haiti em geral é seguro para delegações estrangeiras. "Estou frustrado com a decisão que foi tomada de suspender as viagens nesta situação", afirmou.




Fonte: Reuters

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