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Internacional
Sexta - 22 de Outubro de 2004 às 17:59

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George W. Bush levantou nesta sexta-feira a bandeira da ameaça terrorista em uma viagem pelos três grandes estados fundamentais para as eleições americanas - Pensilvânia, Ohio e Flórida - com o objetivo de deixar claro que é o mais capacitado para garantir a segurança dos EUA.

O presidente Bush, que segue empatado com Kerry nas sondagens, estreou hoje uma nova linha de críticas contra o senador democrata, ao afirmar que a decisão sobre em quem votar no dia 2 de novembro se resume a quem pode manter ao país seguro.

"Qualquer progresso em qualquer outro assunto depende da segurança de nossos cidadãos", afirmou o presidente em um discurso na cidade de Wilkes-Barre (Pensilvânia).

Bush centrou seu discurso no terrorismo, com a esperança de que os cidadãos percebam que ele poderia enfrentar melhor o problema que Kerry (posição corroborada pelas enquetes), de modo que isso acabaria inclinando a balança a seu favor.

Além disso, o presidente insistiu em atacar Kerry por ter dito que no futuro a luta contra o terrorismo deveria ser mais uma questão policial do que a "guerra" declarada pelo atual governo.

Bush criticou Kerry, entre as ovações de seus partidários, por não entender "o inimigo que enfrentamos e não ter idéia de como ganhar esta guerra e manter o país seguro".

O discurso do presidente americano coincidiu com o lançamento de uma nova propaganda na televisão em que aparece uma matilha de lobos, enquanto um narrador diz com voz sombria: "A fraqueza atrai os que estão à espera de causar danos aos Estados Unidos".

A campanha de Kerry respondeu imediatamente e acusou o lado republicano de querer apelar para o "voto do medo".

"Em vez de dar aos eleitores razões para votar nele, George W. Bush escolheu assustar o povo americano com imagens de lobos", afirmou um porta-voz de Kerry, Chade Clanton, em comunicado.

O senador republicano John McCain, que pertence ao partido de Bush mas é amigo de Kerry, declarou hoje à rede de televisão NBC que não acha que o candidato democrata tenha uma idéia equivocada do que significa a luta contra o terrorismo, mas insistiu em apoiar o trabalho do presidente neste assunto.

A retórica que Bush empregou hoje não é nova, mas sim a atenção que dá ao terrorismo, depois de em agosto e setembro ter centrado suas acusações contra Kerry na suposta personalidade fraca do senador.

Depois dos debates, em que o democrata mostrou um melhor controle dos assuntos e os dados, Bush e sua equipe de campanha mudaram a mensagem para acusar Kerry de estar muito à esquerda do espectro político americano.

O presidente fará campanha hoje pelos estados de Ohio e Flórida, enquanto Kerry estará em Wisconsin, Colorado e Nevada, em outro dia em que os candidatos à Casa Branca se voltam exclusivamente para buscar o voto dos estados indecisos.

Os estados que o presidente americano visita hoje são considerados os "três grandes" entre os indecisos, já que tradicionalmente quem ganha em dois deles costuma chegar à Casa Branca.

As enquetes mostram uma pequena vantagem de Kerry na Pensilvânia, e outra menor ainda em Ohio, enquanto Bush está na frente na Flórida.

O candidato republicano voltou a Ohio hoje em uma fugaz visita programada em cima da hora, depois de não ter visitado esse estado em três semanas, período em que Kerry ficou na frente nas pesquisas de intenção de voto.

O candidato democrata aproveitou sua parada em Milwaukee (Wisconsin) para apelar ao voto feminino, que se mostrou claramente favorável a seu correligionário Al Gore em 2000, mas agora está mais dividido.

Kerry destacou em seu programa questões que são consideradas fundamentais para o voto feminino, como saúde, educação e salário mínimo, e disse que as famílias sairão beneficiárias se ele for eleito.

"Ninguém na Casa Branca entende os desafios que as mulheres enfrentam", afirmou o senador por Massachusetts, que disse que a população feminina do país "necessita de líderes que estejam do seu lado".

A campanha de Kerry lembrou hoje que Bush é o primeiro presidente desde Herbert Hoover (1929-33) em cujo mandato é registrada uma perda líquida de postos de trabalho nos Estados Unidos.




Fonte: EFE

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