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Politica Brasil
Quinta - 21 de Outubro de 2004 às 17:38

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O ministro da Coordenação Política, Aldo Rebelo, se reuniu hoje com o presidente da Câmara dos Deputados, João Paulo Cunha (PT-SP), para tentar retomar as votações que estão emperradas devido à obstrução do PSDB, PFL e PPS. A obstrução é um recurso regimental utilizado pelos partidos para impedir votações em plenário.

A Câmara não vota projetos de lei desde agosto e a pauta do plenário possui atualmente 15 medidas provisórias (MPs). O ministro afirmou que João Paulo está empenhado em remover os obstáculos para que as matérias sejam votadas. Aldo Rebelo lembrou que a base governista selou um acordo no início da semana, mas a dissidência do PPS e do PMDB inviabilizou as votações. “Vamos procurar restabelecer o acordo para que as matérias sejam votadas”, observou.

Sobre uma nova apresentação na pauta da Câmara da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que permitiria a reeleição de João Paulo Cunha e José Sarney (PMDB-AP) para presidência das Casas, o ministro afirmou que um acordo que possibilite a tramitação da proposta é “sempre algo que interessa ao governo”. Por outro lado, observou que o assunto interessa ao Legislativo e é “muito delicada a interferência do Executivo em matéria dessa natureza”.

A dez dias do segundo turno das eleições municipais, não há certeza de que as MPs sejam votadas na próxima semana. Segundo Aldo, “quem sabe na próxima semana” elas serão apreciadas. “Eu acho que nós temos consciência que em ano eleitoral, principalmente, entre primeiro e segundo turno, as dificuldades são naturais porque deputados e senadores estão empenhados na construção do caminho de seus partidos”, observou.

O presidente da Câmara, por sua vez, convocou sessão ordinária para hoje à tarde. Segundo João Paulo, os deputados que não comparecerem à sessão terão o ponto cortado. “Vou fazer a chamada, os deputados que não estiverem presentes terão o dia descontado. Terça e quarta-feira também terão sessão com Ordem do Dia com presença e espero que a Câmara vote e cumpra sua obrigação”, destacou.

O líder do governo na Câmara, deputado Professor Luizinho (PT-SP) reconhece que dificilmente haverá votações antes do segundo turno. Segundo ele, é mais provável que os parlamentares dediquem a próxima semana às negociações políticas. “Vamos nos empenhar, mas sabemos que será difícil”, disse o parlamentar. Para Professor Luizinho, a semana não fracassou totalmente, uma vez que quatro MPs foram votadas.




Fonte: Agência Brasil

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