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Agronegócios
Quinta - 21 de Outubro de 2004 às 14:34

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A possibilidade de comprar soja diretamente do mercado produtor e formar os preços de produtos agrícolas dentro do território, sem intermediários, interessa a produtores e compradores. Caberia à bolsa de ação conjunta operar nos dois lados, dando maior segurança ao produtor e garantindo mercado à produção, além de oferecer o melhor preço ao comprador.

A opinião é de Noênio Spínola, secretário do Conselho Administrativo da BM&F, ao comentar a possível parceria da instituição com o Mercado a Termo de Rosário (Rofex), na Argentina. A iniciativa poderá criar o maior pregão de soja do mundo.

“Os contratos da BM&F sempre foram muito competitivos em escala global. Nossos custos contratuais, em termos de custos comparativos de contratos grande liquidez, são mais baratos que qualquer outro. Podemos e esperamos que os contratos de soja da parceria sejam os mais competitivos do mundo, não apenas em custos, mas também na solução dos riscos de base”, acredita Spínola. A BM&F estuda outras parcerias que contribuam para aumentar a liquidez dos contratos brasileiros. A primeira foi estabelecida com a Bolsa de Dalian, na China.

Spínola ressalta que para que a iniciativa prospere é importante o apoio dos governos argentino e brasileiro. Para que os compradores confiem na região, será preciso unificar as legislações dos dois países e garantir um ambiente jurídico seguro. “São muitas as barreiras. Do ponto de vista tributário, o Brasil apresenta desvantagem em relação a Chicago. Mas a BM&F não quer comentar esse assunto, porque ela simplesmente oferece os contratos. Não nos cabe reivindicar. Isto é problema do usuário. Apenas recomendamos que os produtores negociassem com o governo”, diz.

Os estudos que analisam a viabilidade da parceria estão em andamento. Segundo a BM&F, ainda não há previsão para que a parceria se estabeleça. Logo que estiverem concluídos, será divulgado um cronograma com as etapas do projeto. “Não vejo porque não concluir isto até o final do ano, mas tudo depende do andamento da parceria. Por enquanto, a BM&F estuda parceria apenas com a Bolsa de Dalian, na China, e com a Bolsa de Rosário, na Argentina. Mas nada impede que a Bolsa de Chicago venha a ser uma parceira nesse contrato. Isso ainda não está muito definido pelo lado deles”, diz o diretor da BM&F.




Fonte: Agência Brasil

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