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Internacional
Quarta - 20 de Outubro de 2004 às 07:58

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O Papa advertiu nesta quarta-feira os ricos de que o dinheiro não compra tudo e disse que não devem esquecer que nenhum tesouro mudará sua condição de mortais nem lhes dará a amizade de Deus e a salvação.

João Paulo II afirmou que o dinheiro não é por si só uma vantagem, mas um perigo para o ser humano, "já que o homem pode acabar se tornando um verdadeiro escravo da avareza".

O pontífice, de 84 anos, fez as declarações diante de cerca de 15 mil reunidas na praça de São Pedro do Vaticano para a audiência geral das quartas-feiras, cuja catequese foi dedicada ao Salmo 48 "Vaidade das riquezas".

O estado de saúde do Papa era similar ao das semanas anteriores. Ele foi visto com aspecto relaxado, mas foi obrigado a fazer grandes esforços para ler. Começou a falar com a voz fraca, que se tornou mais forte e clara à medida que a audiência avançava. Como já é habitual, só leu alguns parágrafos do texto previsto. No final da catequese, cumprimentou em 11 idiomas, entre eles o português.

Em relação ao Salmo 48, o Papa disse que é um convite a refletir sobre a "vaidade das riquezas" e sobre a cegueira que guia os que procuram apenas acumular bens materiais.

"O salmo destaca que o rico está convencido de poder comprar até a morte, tenta corrompê-la, como fez para poder ter todas as outras coisas, como o sucesso, o triunfo sobre os outros em âmbitos social e político, a prevaricação não castigada, a saciedade, a comodidade e os prazeres", disse.

"Todos os homens e mulheres, ricos e pobres, sábios e ignorantes, têm de saber que são mortais e acabarão no túmulo, assim como ocorre aos poderosos, que deixarão na terra o ouro que tanto amavam, aqueles bens materiais idolatrados", afirmou.




Fonte: Agência EFE

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