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Polícia Brasil
Domingo - 17 de Outubro de 2004 às 10:25
Por: Patrícia Neves

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Um pedreiro ou um vendedor de picolés nem sempre são o que parecem. Na busca de resolver as mais difíceis situações criminais tanto a Polícia Civil quanto a Militar utilizam a técnica do disfarce para chegar a criminosos. É preciso portanto ter alma de artista para não colocar em risco a investigação e o trabalho de tocaia, que pode durar semanas ou meses.

Para descobrir onde um bandido está ou para poder se aproximar dele tudo é válido, até mesmo travestir-se de um personagem qualquer. As duas polícias possuem o Serviço de Inteligência que atua dando apoio para as delegacias e batalhões em casos complexos como grandes assaltos ou sequestros.

Os agentes do Serviço de Inteligência não podem, contudo, infiltrar-se em uma organização criminosa a fim de que informações sobre o funcionamento do esquema possam ser adquiridas. "Você é um policial, logo não poderá cometer crimes se juntando ao grupo, mesmo que a justificativa seja o andamento da investigação. Para isso nós usamos os informantes. Eles se infiltram e nos ajudam", afirmou o oficial da PM que há 10 anos trabalha nessa área.

As prisões do ex-cabo PM e pistoleiro Hércules Araújo Agostinho e do homicida Aclides Maciel, conhecido como "Menino Mau" são exemplos de casos bem sucedidos do trabalho sigiloso de investigação, com uso de disfarce. Ambos praticaram diversos assassinatos, sendo que Hércules a serviço do crime organizado.

Recentemente o conjunto formado entre o Serviço de Inteligência, Grupo de Combate ao Crime Organizado (GCCO) e policiais de Rondonópolis, resultou na libertação de duas vítimas de sequestros sem que o pagamento da recompensa fosse efetuado. Camila, 26, e Melissa, 14, filhas do empresário do ramo da soja, Caetano Polato, 44, foram salvas sem que nenhum tiro fosse disparado. Neste caso o disfarce ao invés de ser um aliado da polícia foi técnica usada pelos sequestradores. Como o cativeiro, um fosso escuro, foi construído dentro do assentamento Vale Rico (10 km de Guiratinga), eles, para não chamar atenção, tentavam se vestir como os sem-terra. Por um tempo, funcionou.




Fonte: A Gazeta

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