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Internacional
Sexta - 15 de Outubro de 2004 às 17:43

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Uma pessoa foi assassinada a tiros e vários veículos foram incendiados, dando continuidade à violência que vive o Haiti desde 30 de setembro.

O cadáver de uma pessoa foi encontrado nesta sexta-feira no bairro de Nazon, ao norte de Porto Príncipe, segundo pôde constatar a EFE.

A morte aconteceu no mesmo dia em que organizações patronais da capital convocaram uma paralisação "contra o terrorismo".

Enquanto isso, esta tarde, uma tensa calma reina nas ruas de Porto Príncipe, onde mais cedo, supostos partidários do ex-presidente Jean-Bertrand Aristide, voltaram a incendiar veículos e a disparar suas armas automáticas ao ar.

No bairro de Bel Air, palco de muitos protestos violentos nos últimos dias, grupos de partidários de Aristide se manifestaram contra o governo.

Quase todas as atividades econômicas e sociais estão paralisadas em toda a capital, vigiada agora por numerosas patrulhas da polícia e unidades da Missão das Nações Unidas para a Estabilização do Haiti (Minustah).

As lojas, os supermercados, os bancos e os postos de gasolina estão fechados e há poucos veículos nas ruas.

Os mercados públicos, aos que vão todos os dias milhares de pessoas, estão desertos e só um pequeno grupo de crianças se atreveu a sair às ruas nesta sexta-feira para jogar futebol.

O mesmo panorama de ruas desertas se repete nos diferentes bairros da capital haitiana.

Desde que começaram os atos violentos dos partidários de Aristide no passado 30 de setembro, para reivindicar seu regresso ao país, pelo menos 53 pessoas foram assassinadas no Haiti.

A detenção na quarta-feira do sacerdote católico Gerard Jean Juste, a quem a polícia considera líder do Família Lavalas, o partido de Aristide, e, por ali, promotor da violência dos partidários do ex-presidente, foi um dos agentes que detonou a multiplicação de suas ações, que se sucedem a intervalos cada vez mais curtos.

Enquanto isso, centenas de soldados desmobilizados do desaparecido exército haitiano estão chegando à capital e esperam autorização do governo para enfrentar os partidários de Aristide, que permanece exilado na África do Sul.

A cabeça dos ex-soldados, o auto proclamado comandante Ravix Reminisinte, ofereceu em diferentes ocasiões seus recursos ao governo para ajudá-lo a acabar com a violência, mas ao não receber nem autorização nem resposta, ameaça intervir por sua conta.




Fonte: EFE

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