Israel diz que não limitará acesso à Esplanada de Mesquitas

As autoridades israelenses asseguraram que amanhã, sexta-feira, primeiro dia do Ramadã, não imporão limitações aos palestinos muçulmanos que se disponham a visitar a chamada "Esplanada das Mesquitas", na cidade velha de Jerusalém, para rezar.

Apesar da garantia da polícia israelense, autoridades israelenses e arqueólogos asseguraram recentemente que temem que a Esplanada desabe pelo peso dos fiéis que se destinem às mesquitas durante o mês do Ramadã.

Eles argumentam que a asa leste da Esplanada, apoiada em abóbadas subterrâneas do tempos de Herodes, está debilitada por um tremor de terra registrado em fevereiro de 2003.

Os membros do Conselho Islâmico (Waqf) responsáveis pelo local rejeitaram as alegações israelenses e argumentam que engenheiros jordanianos e egípcios que inspecionaram o lugar disseram que "não há perigo".

Os clérigos muçulmanos acusam Israel de exagerar no alerta de perigo para tentar controlar o lugar sagrado, que é administrado pelo Conselho Islâmico.

A chamada "Esplanada das Mesquitas" pode acolher cerca de 250.000 fiéis, mas poucas vezes lota porque a política de restrições de Israel nos territórios viola a liberdade de culto.

Além disso, Israel permite habitualmente o acesso apenas dos maiores de 45 anos e que estejam casados, a maioria deles palestinos de Jerusalém, para evitar distúrbios protagonizados por jovens no berço da segunda Intifada.