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Cidades/Geral
Terça - 12 de Outubro de 2004 às 12:36
Por: Beatriz Saturnino

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No Brasil morrem anualmente 88 mil crianças com menos de um ano, o que corresponde a população do município de Sinop, por exemplo, normalmente por diarréia e pneumonia. Uma das conseqüências disso é a falta de aleitamento materno, conforme explica o pediatra e professor das universidades de Cuiabá e Federal de Mato Grosso, Roberto Diniz Vinagre. “A epidemia de cesarianas” no país também é um fato alarmante, com um recorde mundial de 36,4% dos partos, torna-se um dos responsáveis pela morte de 1.671 mulheres brasileiras ao ano.

As mulheres vão a óbito decorrente da gestação e parto, segundo Roberto Diniz, baseando-se nos dados da Unicef, pois a maioria não tem assistência profissional de saúde na hora do parto ou pelo grande número de cesarianas.

O Brasil é campeão mundial em índices de cesarianas. De acordo com o pediatra Roberto Diniz, até o ano passado Cuiabá era a capital que tinha mais números de cesárias no país.

“Além disso, a cesariana atrapalha a mulher a amamentar, pois a mãe sente dor quando a criança tenta mamar e ela (o bebê) também não tem posição adequada com o peito. O aleitamento materno então é retardado e quanto mais cedo a criança suga o peito mais cedo vem o leite. No entanto, com a cesariana o médico acaba receitando outro tipo de leite (não materno) e a tendência é a criança ter diarréia e outros inconvenientes”, explicou o pediatra durante a palestra realizada no Centro de Eventos do Pantanal, do “Curso Nestlé de Atualização em Pediatria, que vai até sexta-feira (15).

Ele ainda acrescenta quanto a um dado de 1995, que se nesse ano todas as crianças mamassem com exclusividade o leite materno até os seis meses de vida, seriam economizados 423 milhões de litros de leite no ano.

A mamadeira e a chupeta continuam sendo um vilão para o desmame da criança em Cuiabá. Conforme dados do Ministério da Saúde, no ano de 1999 o uso da mamadeira era feito em 66% e em 47,5% da chupeta.

Ele acrescenta ainda dizendo que, por apresentar um temperatura constantemente quente, as mães acabam dando água e chá antes dos seis meses, o que é o ideal ser exclusivo. Desta forma a média de aleitamento materno com exclusividade é de oito dias na capital.




Fonte: Folha do Estado

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