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Internacional
Quinta - 07 de Outubro de 2004 às 14:13

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A França afirmou nesta quinta-feira que não há provas para confirmar as alegações de que autoridades francesas teriam recebido propina do ex-líder iraquiano Saddam Hussein, como consta no relatório sobre armas de destruição em massa no Iraque divulgado na quarta.

O documento, preparado pelo inspetor de armas americano Charles Duelfer com a ajuda de 1,2 mil inspetores, citou nomes de pessoas e organizações de vários países para os quais Saddam Hussein teria oferecido petróleo barato em troca de apoio para acabar com sanções do embargo econômico imposto ao Iraque pela ONU.

Além da França, são citados no documento a Rússia e a China, países que detêm assentos permanentes no Conselho de Segurança da ONU e se opuseram à ofensiva no Iraque.

Os governos de Jordânia, Turquia, Síria e Egito também são acusados de comércio ilegal de petróleo com o Iraque.

Veracidade

Entre os nomes incluídos na lista estão os do ex-ministro do Interior francês Charles Pasqua e do empresário francês Patrick Maugein. Os dois negam as acusações.

O documento não diz se foi houve alguma tentativa de comprovação das informações.

Segundo o Ministérios das Relações Exteriores da França, primeiramente é importante descobrir se existe alguma veracidade por trás das afirmações.

"As acusações não foram verificadas nem junto às pessoas envolvidas nem junto às autoridades dos países envolvidos", disse Herve Ladsous, porta-voz do ministério.

Outros nomes listados incluem Benon Sevan, ex-diretor do programa Petróleo por Comida da ONU, e o político ultranacionalista russo Vladimir Jirinovsky. O último disse à BBC que nunca aceitou "uma gota de petróleo".

As outras autoridades e companhias mencionadas na lista não se pronunciaram, incluindo a presidente da Indonésia, Megawati Sukarnoputri, e 20 empresas americanas não-identificadas.

O relatório divulgado na quarta-feira afirmou que o Iraque não possuía armas químicas, biológicas ou nucleares quando foi invadido pelos Estados Unidos, em março de 2003.




Fonte: BBC Brasil

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