Trinta e sete pessoas são presas em flagrante por compra de voto em Santa Carmem

Trinta e sete pessoas foram detidas em flagrante, entre elas um vereador eleito e dois coordenadores de campanha, no município de Santa Carmem (540 quilômetros da capital), por suspeita de envolvimento em esquema de compra de votos.

A prisão foi determinada pelo juiz da 22ª Zona Eleitoral de Sinop, Clóvis Mário Teixeira de Mello, que acatou representação apresentada pelo candidato a prefeito derrotado, Antonio Alves Ferreira, o "Maroca" (PMDB). A denúncia foi formulada contra o candidato vencedor, Rudimar Nunes Camasola (PSDB) e reforçada pelo Ministério Público.

Segundo o juiz, após a denúncia foi determinada busca, apreensão e prisão de possíveis envolvidos, ontem. No endereço em questão foram encontrados, além de eleitores em fila recebendo o pagamento de R$ 20 cada, uma lista com nome de outros 121 eleitores, em ordem alfabética, da letra A a E. Foram ainda apreendidos cerca de R$ 1.300.

Com a prisão, deslocou-se para a cidade de Santa Carmem o promotor eleitoral Marcos Bulhões e a promotor de Justiça Márcia Borges Furlan, que tomaram o depoimento de cerca de 50 pessoas. Os depoimentos acabaram nesta madrugada, por volta de 5h. Os eleitores foram liberados.

Encontram-se presos, em Sinop, o vereador eleito Carlos Eduardo Ribeiro e os coordenadores de campanha João Elói Winter e Atimir Menin.

O candidato Rudimar Nunes Camasola obteve 1.182 votos, enquanto que o candidato derrotado Antonio Alves Ferreira, o "Maroca", obteve 1.149 votos, ou seja, a diferença entre os dois postulantes ao cargo de prefeito foi de 33 votos.