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Politica Brasil
Sábado - 25 de Setembro de 2004 às 09:30
Por: Janaína Pedrotti

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O contraventor João Arcanjo Ribeiro deve ser ouvido novamente por meio de carta rogatória, no Uruguai. Agora, o prisioneiro vai ser questionado pelos parlamentares que conduzem a CPI do Banestado, que investiga a evasão de divisas para o exterior por meio das chamadas contas CC5.

A primeira versão de perguntas a ser elaborada está finalizada e segue para os senadores que compõem a comissão responsável pela investigação, para ser aprovada.

A informação foi confirmada pelo senador Antero Paes de Barros (PSDB), que chegou a ser acusado pela também senadora Edeli Salvati de atrasar o processo para que Arcanjo Ribeiro seja ouvido.

De acordo com Paes de Barros, a CPI terá que ouvir o ex-policial acusado de chefiar o crime organizado em Mato Grosso, de forma indireta - pelo envio de carta rogatória - já que a justiça uruguaia não reconhece a comissão parlamentar de inquérito como tendo poderes judiciais.

“Essa alegação de que estou atrasando o processo é mentira. O pedido para ouvi-lo está aprovado. Mas, o problema é que o Arcanjo está em outro País, então, nós tivemos que pedir autorização ao ministério das Relações Exteriores e Ministério da Justiça do Uruguai. No entanto, foi negado”, justificou.

Ainda de acordo com o senador, o Ministério da Justiça do Brasil comunicou sobre a negativa do governo uruguaio. ”Chegamos a interceder junto ao embaixador do Uruguai no Brasil, eu designei a senadora Edeli Salvati (PT) para ir lá e buscar os documentos possíveis. Então, o que ela fala não condiz com a verdade“, reafirmou Paes.

Para o ex-policial e hoje cidadão condenado João Arcanjo Ribeiro ser ouvido, a carta rogatória precisa ser aprovada pela CPI. ”O relator enviou as perguntas em julho. O que eu fiz foi encaminhar para todos que compõem a comissão, para sugestões“, explicou Paes.

Vale explicar que as questões formuladas pelos parlamentares serão feitas por um juiz uruguaio, a João Arcanjo Ribeiro.

Questionada pela reportagem, a senadora Serys Slhessarenko alegou não ter recebido nenhum encaminhamento de Paes de Barros. “Talvez ele tenha enviado, mas ainda não chegou”, disse. De acordo com a senadora, há fortes indícios de que Arcanjo enviou- de forma ilegal- elevada quantia financeira para paraísos fiscais.




Fonte: Folha do Estado

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