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Politica Brasil
Quinta - 23 de Setembro de 2004 às 19:41

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Na disputa pelas prefeituras das 26 capitais estaduais brasileiras, o PT lidera a corrida do primeiro turno. Mas, se a eleição fosse hoje, baseado nas projeções de segundo turno de pesquisas registradas no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o quadro se reverteria.

Na disputa do primeiro turno, o partido de Lula tem seis candidatos em primeiro lugar, seguido pelo PSDB, com cinco, e pelo PSB, com quatro, segundo levantamento feito pela Reuters a partir de números dos institutos de pesquisa Ibope, Vox Populi e Datafolha.

Nas projeções do segundo turno, no entanto, os tucanos sairiam da corrida eleitoral como os grandes vitoriosos ao eleger os prefeitos de sete municípios - São Paulo, Fortaleza, Teresina, Curitiba, Cuiabá, Vitória e Florianópolis -, que juntos somam 11,667 milhões de eleitores.

O PT alcançaria uma vitória a menos, conquistando Belo Horizonte, Aracaju, Recife, Porto Alegre, Palmas e Rio Branco, mas num universo muito menor, de 4,345 milhões de eleitores. O PSB ficaria com João Pessoa, Natal, Porto Velho e Macapá, representando 1,292 milhão de eleitores.

No primeiro turno, as enquetes indicam que o PT deve eleger os prefeitos de Belo Horizonte, Palmas e Aracaju, onde seus candidatos têm mais de 50 por cento dos votos válidos (que excluem brancos e nulos), além de Rio Branco que, por ter menos de 200 mil eleitores, não tem segundo turno.

Os petistas têm chance de disputar a segunda rodada em quatro capitais, Belém, Curitiba, Recife e São Paulo. E devido a diferenças entre pesquisas eleitorais, o partido pode concorrer ainda em Vitória e Goiânia, cujo candidato Pedro Wilson é o atual prefeito.

O PSDB não deve eleger nenhum candidato em primeiro turno, mas desponta como favorito em Cuiabá, Florianópolis, Fortaleza, Vitória e São Paulo, e deve enviar ao segundo turno representantes em mais cinco capitais, João Pessoa, Natal, Porto Velho, Teresina e Curitiba.

VITÓRIA POLÍTICA

Feitas as contas, os tucanos teriam uma vitória política mais consistente. Além de ganhar São Paulo com José Serra, o partido se expandiria para mais três capitais, Cuiabá, Florianópolis e Fortaleza. Por outro lado, o PT encolheria em duas.

Nas eleições de 2000, os petistas conseguiram eleger prefeitos em seis capitais: São Paulo, Porto Alegre, Recife, Goiânia, Aracaju e Belém.

Em Belo Horizonte, o prefeito Célio Castro (PSB) licenciou-se e deixou o cargo para seu vice, o petista Fernando Pimentel, candidato à reeleição. O prefeito de Macapá, João Henrique, filiou-se mais tarde ao PT.

O PFL deve garantir a eleição de seus principais candidatos já no primeiro turno, Amazonino Mendes, em Manaus, e César Maia, no Rio de Janeiro. O PMDB deve ficar com três capitais, com as possíveis vitórias de Iris Resende, em Goiânia, Adalgisa Souza, em Teresina, e Nelsinho Trad, em Campo Grande.

Se considerados os agrupamentos partidários do Congresso Nacional, a situação do conjunto das legendas que formam a base de apoio de Lula é mais confortável do que a da oposição. Das 26 capitais, PT, PSB, PTB, PMDB e PPS administrariam 15 cidades, enquanto PDT, PSDB e PFL teriam 11 prefeitos.

As eleições municipais devem levar a uma reorganização das forças políticas na escala federal e ajudar no tom da segunda metade do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.




Fonte: Reuters

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