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Internacional
Sábado - 18 de Setembro de 2004 às 12:18

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O general da reserva Susilo Bambang Yudhoyono, favorito nas pesquisas, deseja chegar à presidência da Indonésia com o voto do povo e não através de pactos políticos.

Aos 54 anos de idade e com muito mais experiência militar do que política, Yudhoyono lidera o Partido Democrata, que ele mesmo fundou em março deste ano para concorrer às legislativas de abril e, assim, abrir caminho para a chefatura do Estado indonésio.

Sua fama de honesto levou-o ao topo de todas as enquetes desde que sua candidatura foi divulgada. No primeiro turno, realizado em 5 julho, obteve 33,5% dos votos.

Yudhoyono competirá no segundo turno com a presidenta Megawati Sukarnoputri, que contará com mais apoio do que nunca por ter feito uma aliança com os partidos que ficaram fora da disputa pela presidência.

O ex-general está convencido, porém, de que sua vitória será dada pelo povo, que não se importa com pactos políticos e que só espera de seus governantes honestidade e geração de prosperidade e emprego.

Yudhoyono foi ministro de Segurança no Governo de Megawati até março, quando pediu demissão do cargo para se dedicar totalmente à campanha para a presidência, o que causou um grande mal-estar com a presidenta.

A popularidade de "SBY", como é conhecido popularmente na Indonésia por causa das iniciais de seu nome, disparou a partir daí, porque ele tem uma imagem de político íntegro, de grande comunicador e de líder de atitudes firme nos momentos críticos.

Nascido na região de Java Oriental e filho de um tenente do exército, Yudhoyono graduou-se na Academia Militar de oficiais em 1973 e, dois anos mais tarde, integrou as tropas indonésias que invadiram a antiga colônia portuguesa de Timor Leste.

Durante os anos posteriores à invasão, Yudhoyono desempenhou em Timor diversas funções como oficial do exército, inclusive a de chefe do batalhão 774 com base em Dili, a capital.

Na década de oitenta, Yudhoyono iniciou uma nova etapa militar como professor da escola do Alto Estado Maior, tarefa que alternou com viagens aos Estados Unidos, onde assistiu a cursos militares que permitiram que ele concluísse seus estudos de Ciências Empresariais na Universidade de Webster.

Depois disso, o general ocupou destacadas posições nos comandos territoriais de Jacarta, capital indonésia, e do sul da ilha de Sumatra. Em 1995, foi enviado à Bósnia no comando da Missão de Observadores Militares da Indonésia.

Quando regressou, Yudhoyono tornou-se a maior autoridade do Departamento de Assuntos Políticos e Sociais das Forças Armadas e, em 1998, assumiu o comando da Direção de Assuntos Territoriais, que coordenava as tropas em todo o arquipélago, inclusive as instaladas em Timor Leste.

Ao contrário de muitos ocupantes de altos cargos militares indonésios que tiveram alguma responsabilidade em Timor Leste, durante a ocupação, o nome de Yudhoyono nunca foi ligado à violência desatada na antiga colônia portuguesa.

Depois de passar à reserva em 2000, o antigo general foi nomeado ministro de Mineração e, mais tarde, titular de Segurança e Assuntos Políticos.

Yudhoyono permaneceu no cargo até julho de 2001, quando foi exonerado pelo presidente Abdurrahman Wahid por se negar a declarar o estado de emergência que impediria a destituição do governante.

Após a destituição de Wahid pela Assembléia Consultiva do Povo, o general Yudhoyono foi novamente nomeado ministro de Segurança e Assuntos Políticos pela nova governante, Megawati Sukarnoputri, que ele volta a enfrentar nas urnas no dia 20.




Fonte: Agência EFE

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