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Agronegócios
Segunda - 06 de Setembro de 2004 às 09:52

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Os produtores de soja dos municípios de Lucas do Rio Verde e Nova Mutum, localizados no coração do Mato Grosso, são os primeiros a plantar soja em todo o País. Lá os agricultores estão olhando para o céu à espera das primeiras chuvas para dar início ao plantio da safra 2004/05. "As chuvas por enquanto são localizadas e ainda não são suficientes para começar o plantio", diz Isaías Altoé, agrônomo do Grupo Otaviano Pivetta, um dos maiores produtores de soja do País e cuja sede fica em Nova Mutum.

Altoé acredita que o plantio deve começar por volta de 15 de setembro, a exemplo do ano passado. Nesta safra, o grupo pretende plantar 60 mil hectares de soja, área 50% maior em relação à utilizada na safra passada. A produtividade, que no ano passado foi afetada pelo excesso de chuvas na colheita, pode ser 9,4% maior, totalizando 58 sacas por hectare. Altoé diz que a empresa já colocou as plantadeiras a postos, à espera das chuvas para dar início ao plantio.

Em todo o estado, o plantio deve aumentar 12,4%, para 5,8 milhões de hectares, prevê a consultoria Safras & Mercado. A produção poderá atingir 17,7 milhões de toneladas, volume 18,7% maior que o obtido em 2003/04.

Os agricultores continuam adiando as vendas antecipadas de soja da safra 2004/05. "As operações de ‘soja verde’, troca por adubo e defensivos e vendas futuras estão virtualmente paradas", diz Odnéia Santos, analista da Safras & Mercado. "As vendas antecipadas estão tão fracas que sequer começamos a fazer nosso levantamento", diz Odnéia. Historicamente, a Safras faz sua pesquisa de campo entre os meses de julho e agosto.

Os agricultores continuam esperando por uma definição em relação ao tamanho da safra americana de soja, projetada em 78,3 milhões de toneladas pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (Usda). "Muitos ainda não acreditam nesse número e estão esperando o resultado de produtividade das primeiras amostras colhidas".

Ontem a saca de soja foi negociada no porto de Paranaguá (PR) a R$ 44, uma queda de quase 25% em relação ao pico de R$ 58,50 registrado em março.




Fonte: Gazeta Mercantil

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