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Internacional
Sexta - 03 de Setembro de 2004 às 10:49

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Mais de cem pessoas morreram no ginásio da escola de Beslan, na república russa da Ossétia do Norte, segundo a agência Interfax. Algumas delas faleceram em decorrência da queda do teto do edifíco, provocada pela explosão de bombas colocadas pelo comando terrorista que mantinha centenas de reféns desde quarta-feira.

Os feridos atendidos nos hospitais russos chegam a mais de 400. Entre os sete mortos que chegaram a hospitais, estão cinco crianças. O número exato de vítimas não foi divulgado.

Explosões continuaram sendo ouvidas dentro da área da escola, apesar das autoridades russas terem informado que tomaram o controle do local.

Uma fonte anônima da polícia ossétia, citada pelo site gazeta.ru, disse que o número de mortos chega a 150. No entanto, nenhuma informação oficial confirma este número.

Segundo a agência russa Itar-Tass, 13 seqüestradores teriam conseguido fugir em meio às centenas de reféns que deixaram a escola. Mais de dez membros do comando morreram em tiroteios com as forças de segurança.

Informações oficiais russas anteriores garantiam que os terroristas ainda mantinham alguns reféns após a tomada de controle da escola.

O tiroteio de hoje iniciou quando as forças de segurança invadiram o local depois que chegaram a um acordo para a retirada dos corpos das vítimas que morreram na quarta-feira, quando os seqüestradores se apoderaram do edifício. Uma fuga de um grupo de mulheres e crianças teria ocorrido logo depois, o que provocou um tiroteio por parte do comando de terroristas. A partir dessa ação, as forças especiais tentaram tomar o local.

Durante o tiroteio, crianças nuas e gritando corriam pela rua. Soldados e eram vistos carregando algumas delas para fora da escola. Em meio aos fortes tiroteios e várias explosões, parte do teto do colégio afundou.

A intervenção das forças especiais russas não estava planejada, segundo Valeri Andreyev, chefe do Serviço Federal de Segurança (FSB) para a Ossétia do Norte, à rede de televisão RTR. "Não havíamos planejado nenhuma operação. Pretendíamos prosseguir com as negociações para a libertação pacífica dos reféns", declarou Andreyev.

Autoridades informaram que cerca de 500 pessoas estavam sendo mantidas reféns na escola, mas alguns reféns soltos, porém, disseram que o total poderia chegar a 1.500 pessoas.

Todas elas estariam sendo mantidas no ginásio da escola, onde as condições seriam precárias, com muito calor e falta de água e sem comida. Por essa razão, muitas das crianças que foram retiradas hoje estavam nuas.

Dezenas de carros civis e ambulâncias estão hoje na escola para retirar os feridos. Alguns médicos tratavam de pessoas machucadas na própria área.




Fonte: Terra

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