Verinha rebate críticas de Pagot e França

A deputada Verinha Araújo, do PT, classificou como “mentirosa” a afirmação do secretário estadual de Transportes, Luiz Antônio Pagot, de que o governo Lula “não tem obras por Mato Grosso”, conforme foi publicado recentemente pela imprensa local. Em sessão, hoje pela manhã, na Assembléia legislativa, Verinha criticou também a atitude do prefeito da Capital, Roberto França, por este não dar o devido crédito para o governo federal nas obras que inaugura ou está realizando.

Conforme Verinha, o secretário Pagot teria classificado o governo Lula como “zero”, em comício da candidatura do PPS à Prefeitura de Cuiabá. “O secretário sabe muito quem que diversas áreas do Estado, inclusive em sua pasta, estão recebendo recursos do governo federal”, disse, em contestação. Como exemplo, ela citou a entrega de casas pelo governo do Estado. “O secretário Pagot não tem esclarecido que, em muitos casos, os recursos do Fethab utilizados nestas obras representam apenas 20% do total, sendo que 80% são recursos da Caixa Econômica Federal”, informou a deputada.

Verinha elencou uma série de recursos que estão sendo recebidos pelo governo do estado e prefeituras. Em relação às transferências voluntárias, Mato Grosso tem um total acumulado, em 94, de 11,2 milhões de reais. Para o mesmo período, os municípios receberam 16,8 milhões. Já em relação às transferências constitucionais, em 2003 o Estado teve direito a 729,3 milhões. Em 2004, foram, até o momento, repassados 462,2 milhões. As transferências constitucionais incluem os recursos do FPE, Fundef e IOF, entre outras fontes.

Sobre o prefeito Roberto França, Verinha destacou uma declaração, também feita em comício, sobre o funcionamento do programa “Fome Zero”. Conforme foi publicado nos jornais, o prefeito teria dito que até “o programa nunca chegou em Cuiabá”. A deputada lembrou que o “Fome Zero” não é apenas uma ação para entregar cestas básicas, mas sim um programa composto por diversas estratégias e ações. Verinha citou uma delas, presente em Cuiabá, que é o Bolsa-Família. “O governo pretende atingir 4,5 milhões de famílias em todo o país”, disse. “Em Cuiabá, já foi atendida uma meta de expansão do programa em 5.717 famílias”, complementou. Ela criticou ainda o prefeito por não ter conseguido articular a implantação do Conselho de Segurança Alimentar e Nutricional, o que teria possibilitado uma maior participação do município no programa.

A deputada lamentou ainda a não colocação de logomarcas do governo federal em obras feitas em parceria com estados e municípios. Reclamou que esta omissão às vezes parte até de representantes dos próprios órgãos federais.

Verinha citou a presença do governo federal em Mato Grosso através de algumas ações e obras, citando alguns exemplos, tais como a construção de penitenciárias, recuperação e ampliação de estradas (a BR 163 está sendo ampliada no trecho Cuiabá-Jangada), recursos para a habitação e segurança e outros setores. Ela citou ainda dois exemplos recentes: um convênio do governo do estado com o Banco do Brasil para a realização de empréstimos aos servidores, com juros baixos e a inauguração de uma agência do Pronaf em Várzea Grande, que irá centralizar recursos para a agricultura familiar.