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Internacional
Quarta - 01 de Setembro de 2004 às 15:49

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A excessiva "dedicação das forças que garantem a segurança na Convenção Republicana, que acontece no Madison Square Garden, em Nova York, gerou vários incidentes envolvendo o grande número de protestos contra este evento. A atuação policial nas últimas 24 horas aumentou para mais de 1.500 o número total de detidos desde que teve início a maior parte das manifestações, na última quinta-feira.

Um grupo de manifestantes invadiu esta quarta-feira o Madison Square Garden durante uma reunião da juventude do partido com cartazes que pediam ao governo dos EUA que aumente os fundos para a luta contra a Aids e que perdoe a dívida externa.

Os manifestantes, que interromperam a intervenção de Andrew Card, chefe de gabinete da Casa Branca, foram retirados pela polícia entre resistências e protestos.

Entre as ações pacíficas de hoje, destaque para uma fila de desemprego simbólica, na qual participaram mais de 5.000 pessoas que agitavam grandes cartas rosas nos quais estava escrito "A próxima carta de demissão deve ser a sua", ao referir-se a Bush e ao Partido Republicano.

Os manifestantes, que formaram uma linha que se estendia por aproximadamente cinco quilômetros -de Wall Street ao Madison Square Garden-, representaram os 1,2 milhão de empregos perdidos durante os últimos quatro anos e os mais de oito milhões de americanos que estão sem um posto de trabalho atualmente.

Os organizadores do protesto, o grupo "People for the American Way", disseram à EFE que o ato tinha terminado "sem detenções" nem incidentes.

Outras das atividades previstas são o protesto do grupo "Organização Nacional pelas Mulheres", que sob o lema "Código vermelho: Manifestação para deter o programa político de Bush", planeja se concentrar no Parque Central, e uma passeata contra a maneira com que a imprensa influencia no discurso político.

Segundo fontes oficiais do departamento de polícia de Nova York, a jornada de desobediência civil realizada na terça-feira, na qual milhares de manifestantes protestaram contra a política belicista de Bush, teve um saldo de mil pessoas detidas.

Os protestos, liderados pela coalizão "Agosto 31-O grito que se ouve no mundo todo", invadiram as ruas de Manhattan com ações simbólicas contra a guerra no Iraque e a política do partido republicano.

O maior número de detenções aconteceu quando o grupo "Liga da Resistência à guerra" iniciou uma marcha silenciosa até a chamada "zona zero", onde estavam as Torres Gêmeas, que pretendia terminar com uma representação da "morte" contra o Madison Square Garden, sede da convenção.

Os protestantes, que planejavam desfilar de dois em dois para que não fossem acusados de cometer um ato ilegal, nunca saíram da área já que a polícia começou a detê-los sem dar antes ordem de detenção ou dispersão, segundo a versão dos organizadores.

A polícia deteve 200 pessoas, incluindo imprensa e observadores legais que tinham identificação como não participantes, asseguraram membros do grupo.

O chefe da polícia, Raymond Kelly, assegurou à imprensa que os agentes fizeram prova de uma grande moderação frente a constantes atos de provocação dos manifestantes.

Frida Berrigan, porta-voz desta organização, reconheceu que ao planejar a passeata estavam conscientes de que se arriscavam a ser detidos.




Fonte: EFE

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