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Tecnologia
Sábado - 28 de Agosto de 2004 às 10:09

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As notícias de um possível ataque de ciberterrorismo islâmico, que deveria ter paralisado a Internet, ontem, tiveram o mesmo resultado das freqüentes previsões sobre a data do Apocalipse. A "Jihad eletrônica" não aconteceu e a Internet continua como antes.

Alguns sites especializados em segurança, como Attrition, InfoWarrior e Reznor entraram no clima e ironizaram o episódio, laterando suas próprias páginas niciais como se fossem defacements (desfigurações de sites) oriundos dos tais ataques.

O especialista em hoaxes (boatos) Rob Rosenberger, editor do site Vmyths, diante da conclusão de que tudo não passaria de uma histeria infundada, pediu ao fundador da empresa antivírus Kaspersky que se manifestasse sobre o assunto, já que algumas declarações suas foram vinculadas às notícias internacionais sobre o assunto.

Em resposta, Eugene Kaspersky alegou que durante a entrevista coletiva em Moscou, na qual teria se originado toda a história, não houve tempo suficiente para explicações mais detalhadas sobre o assunto.

Kaspersky disse que em alguns em sites da Arábia crackers árabes anunciaram o 26 agosto como o dia da "Jihad eletrônica" contra Israel e também emitiram um chamado aos crackers de todos os países para uma participação combinada. "Nós não esperávamos por nada de ruim naquele dia e tínhamos a certeza de que nada de realmente sério aconteceria", afirmou.

"Ao nosso ver, o ruim é que eles começaram a usar o termo 'Jihad eletrônico' e pensam em um ataque agressivo (ao contrário do modo passivo usado pelos sites anti-Israel ). A Caixa de Pandora está aberta. Nós veremos resultado cedo ou tarde", comentou Kaspersky.

O fundador da Kaspersky Labs também relatou uma série de previsões sobre supostos ataques virtuais, que foram emitidos pela empresa. "Em 2004 começamos a alertar sobre um possível e-terrorismo... Eu sinto muito, não quero ser e-Cassandra, mas...," escreveu em tom profético.

Rosemberg discorda da Kaspersky Labs em relação ao uso de termos como "e-terrorismo" ou ciberterrorismo. "Grupos terroristas legítimos almejam uma coisa acima de tudo: medo. Hackers e escritores de vírus nunca demonstraram o medo que objetivam. Lutadores pela liberdade no Timor Oriental aprenderam duramente esta lição, em 1999. Nenhum grupo terrorista se preocupará em organizar uma "jihad eletrônica" até que possa explorar o medo real", argumentou.





Fonte: Info Guerra

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