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Cultura
Sábado - 28 de Agosto de 2004 às 10:02
Por: Marli Moreira

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A criação de um local para debates de idéias entre grupos de temas comuns será uma das novidades já definidas para o Fórum Social Mundial (FSM), que voltará a ser realizado em Porto Alegre, de 26 a 31 de janeiro de 2005. Os organizadores acreditam que há a necessidade de um espaço, que reúna os grupos de trabalho, num determinado horário do dia, para a troca de informações sobre o andamento das rodadas de cada tema em debate.

Um novo mapa também está sendo articulado para facilitar as discussões diversas com a escolha de locais mais concentrados na região central e nas proximidades da orla do Guaíba. Em 2003, grande parte das apresentações e eventos ocorreu no campus da Pontíficia Universidade Católica (PUC), distante de outros pólos vinculados ao encontro.

Após ter a sua única edição realizada fora da capital gaúcha, em Mumbai, na Índia, este ano, o FSM retorna ao local de origem no ano que vem. A primeira rodada de discussões aconteceu esta semana em São Paulo. Os organizadores pretendem que ele seja mais vigoroso e com um público superior ao realizado no Brasil em 2003, quando a participação estimada foi de 130 mil pessoas, com expressiva presença de estrangeiros. Querem, também, transformá-lo em um instrumento mais útil para as mudanças desejadas pela maioria da sociedade organizada. Planejam, ainda, reforçar os fóruns regionais, transformando-os em eventos multiplicadores que consigam ampliar a participação de povos excluídos.

Já existem pelo menos onze temas iniciais propostos: Economias Soberanas Pelos Povos e Para os Povos e Contra o Capitalismo Neoliberal; Paz e Desmilitarização, Luta contra a Guerra, Contra o Livre Comércio e Contra a Dívida; a Defesa das Diversidades, da pluralidade e das identidades; Lutas Sociais e Alternativas Democráticas Contra a Dominação Neoliberal; Direitos Humanos e Dignidade Para um Mundo Justo e Igualitário e Construção de Culturas de Resistências dos Povos.

Durante toda esta semana, os comitês de organização do FSM estiveram reunidos, em São Paulo, para tratar da organização do evento. Entre os que compareceram ao longo da semana, estava a cineasta Madhusree Dutta, ativista da organização indiana Majlis. Ela comentou que a realização do quarto fórum em seu país trouxe efeitos positivos como, reunir diferentes castas sociais da Índia. Para Madhusree, as discussões em torno dos problemas dos excluídos colaborou para a derrota eleitoral do governo do primeiro-ministro Atal Behari Vejpayee , do partido Bharatiya Janata (BJ), nas últimas eleições.




Fonte: Agência Brasil

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