Fábrica de ração para suínos abre novas perspectivas para o setor em MT

"Nossa suinocultura é um pequeno/grande negócio que em breve vai despontar, graças ao pioneirismo de empresas como a MPE (grupo que detém 50% das ações da Carrol"s Foods do Brasil) trazendo tecnologia para produzir suínos com qualidade em Mato Grosso", assegurou o presidente da Associação de Criadores de Suínos de Mato Grosso (Acrismat), Raulino Teixeira Machado, na inauguração da fábrica informatizada de ração das Carroll"s do Brasil, em Diamantino, a 220 km de Cuiabá, no último sábado.

Acionada via Internet, a fábrica de ração, a maior do Estado, entrou em funcionamento para alimentar, inicialmente, 11 mil matrizes de suínos com a produção de 25 toneladas/hora de ração. O mais importante, porém, é o que já está acontecendo em função deste empreendimento na região Médio Norte. O diretor-presidente da MPA, Renato de Abreu, anunciou, ao lado do representante da Smithfields, (grupo americano com os outros 50% das ações da Carroll"s), Neil Anders, a parceria com o frigorífico Intercoop, do grupo Pivetta, para abate de mil matrizes/dia e o projeto de ampliação da granja para a produção de mais 11 mil matrizes, até o início de 2005.

"A Intercoop precisa de volume permanente de animais e vamos fortalecer a parceria comercial e de matéria-prima viabilizando ainda mais a suinocultura na região", garantiu Abreu. Com o abate da produção da Carroll"s, o Intercoop, instalado em 97, agora, passa a operar com sua capacidade plena de abate de dois mil suínos/dia. A perspectiva, segundo o diretor-presidente do grupo, Otaviano Pivetta, é atingir o abate de cinco mil cabeças, até 2006.

O representante da divisão de produção americana, Neil Anders, disse que das 150 mil matrizes do grupo, a unidade em Diamantino, está no topo, entre as cinco mais eficientes granjas do mundo, desde o tratamento de afluentes ao desempenho da produção, que se completa com a fábrica totalmente informatizada. "Vamos explorar novas oportunidades para aumentar a produção", garantiu o americano. O investimento na fábrica de ração foi de R$ 12 milhões e tem capacidade total para produzir 50 toneladas de ração por hora. Até 2008, a empresa vai investir US$ 120 milhões para multiplicar por quatro o número de matrizes em produção de 12,8 mil para 54,4 mil. Operando, atualmente, com duas granjas de suínos em Diamantino, de onde saem 1,3 mil suínos diariamente para abate, o grupo gera de acordo com o diretor-presidente Carroll"s do Brasil, José Américo do Amaral, 350 empregos diretos.

Para os principais representantes da cadeia da suinocultura em Mato Grosso, presente na inauguração da fábrica, em Diamantino, o setor está em uma nova fase e diante da perspectiva de normatização, proposta pelo Comitê para o Desenvolvimento da Suinocultura, pelo governo do Estado, o desempenho será ainda melhor.