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Economia
Terça - 24 de Agosto de 2004 às 08:12
Por: Mylena Fiori

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A burocracia e a complexidade da legislação colocam o Brasil entre os piores países do mundo para abrir e tocar negócios. Mas o país também é um dos mercados emergentes mais transparentes no que se refere à publicação de dados financeiros das empresas de capital aberto. Os dados constam no relatório "Como Fazer do Brasil o País do Presente", divulgado preliminarmente ontem pelo International Finance Corporation (IFC) — braço financeiro do Banco Mundial (Bird). O estudo completo será apresentado mundialmente daqui a duas semanas.

O levantamento, feito em centros de negócios de 145 países em janeiro deste ano, aponta possíveis razões para as baixas taxas de crescimento registradas no país nos últimos anos. “O Brasil tem recursos abundantes para crescer e a estabilidade macroeconômica foi atingida, aumentando as probabilidades. Nos últimos cinco anos, porém, a taxa de crescimento per capita tem sido inferior a 1% ao ano, semelhante à de países em guerra civil. Então há outras explicações para a compressão do crescimento”, afirmou o economista responsável pelo estudo, Simeon Djankov, do Banco Mundial. “Onde está o crescimento, o que falta? O nosso relatório dá algumas idéias, com estatísticas comparativas com outros países”, diz Djankov.

O relatório do Banco Mundial mostra, por exemplo, que para abrir uma empresa no Brasil são necessários, em média, 152 dias – São Paulo aparece como o estado menos eficiente. A demora só é maior no Haiti, no Laos, no Congo e em Moçambique. Na vizinha Argentina, em 32 dias registra-se uma nova empresa. Na Grã-Bretanha e em países escandinavos isto é feito em menos de 10 dias.




Fonte: Agência Brasil

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