Incra quer acabar com ocupação irregular de terras na área de influência da BR 163
Para o diretor de Programas do Incra, Raimundo Lima, R$ 12 milhões já foram garantidos para desenvolver as ações. “Pretendemos acabar com um processo irregular de ocupação de terras, de grilagem, trabalho escravo, retirada ilegal de madeiras e até crime organizado que estava ocorrendo nessa região”, salientou Lima. “Estimamos gastar, este ano, R$ 31 milhões com as equipes técnicas e equipamentos tecnológicos”, ressaltou.
Neste primeiro momento, o Incra está realizando um levantamento cadastral que vai definir toda a estrutura fundiária às margens da BR 163. De posse desses dados, começam os trabalhos de regularização de imóveis de até 100 hectares. Os que excederam este tamanho serão analisados caso a caso, levando em conta os impactos ao meio ambiente, os benefícios e a legitimidade da ocupação.
De acordo com o diretor do Incra, para ser beneficiário da regularização fundiária o cidadão tem que morar na terra, explorá-la com mão-de-obra familiar e não ter outras atividade voltadas para o seu sustento e de sua família. Segundo Lima, o artigo 188 da Constituição assegura a pessoas que ocupam terras públicas de forma mansa, pacífica e de boa fé, a participação no processo de regularização fundiária.
Segundo Raimundo Lima, a regularização é uma atividade importante para que o manejo e as condições de sustentabilidade da região melhorem. “A segurança do cidadão, que vai poder dizer que é dono da propriedade, é um dos benefícios da regularização. Com ela, o proprietário da terra também vai poder fazer financiamento de recursos para desenvolver suas atividades de agricultura”, concluiu.
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