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Internacional
Sexta - 20 de Agosto de 2004 às 15:27

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A possibilidade de o Grupo do Rio dar início a um diálogo para integrar Cuba fracassou nesta sexta-feira, apenas um dia depois de a proposta ter sido formulada, admitiu o chanceler brasileiro, Celso Amorim.

"Há divergências (dentro do Grupo do Rio), e as decisões neste fórum são tomadas por consenso. Não há consenso, e este assunto foi deixado para outra oportunidade", declarou o ministro em entrevista coletiva, depois do encerramento da XXIII Reunião de Chanceleres do mecanismo de consulta latino-americano.

Amorim esclareceu que, quando falou da possibilidade de uma aproximação com Cuba, "não se tratava ainda de uma incorporação" ao Grupo do Rio, mas apenas do início de "um diálogo".

O chanceler disse que "este é um assunto ainda sensível", em aparente alusão às origens do Grupo do Rio, que nasceu do antigo Grupo de Contadora, criado no início dos anos 80 para mediar as relações entre os governos centro-americanos e as guerrilhas de esquerda, que contavam então com o apoio do regime cubano.

O subsecretário de Assuntos Latino-americanos da chancelaria argentina, Darío Pedro Alessandro, reconheceu na mesma entrevista coletiva que foi seu país que apresentou a proposta em relação a Cuba, e disse que tinha contado com "adesão suficiente", apesar de algumas oposições insolúveis.

Um dos países que apoiaram a aproximação com Cuba foi o Peru, cujo chanceler, Manuel Rodríguez Cuadros, disse que seu país "via com muita simpatia a iniciativa" e até a considerava "imprescindível".

Cuba é o único país latino-americano que não integra o grupo, e na única vez em que pediu para ser incorporado, em 1988, foi recusado.




Fonte: EFE

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