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Nacional
Quinta - 19 de Agosto de 2004 às 21:31
Por: Fabiana Uchinaka e Leonardo St

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O governo mudou o foco das ações do Programa Nacional de Atividades Espaciais (PNAE), depois do acidente na base de Alcântara (MA). A informação é do diretor de Política Espacial e Investimentos Estratégicos da Agência Espacial Brasileira (DPEI/AEB), Himilcon de Castro Carvalho.

Ele participou nesta quarta-feira do Fórum Nacional de Política Espacial, realizado no 10º Show Internacional de Geotecnologias. Segundo Carvalho, a base maranhense está sendo reconstruída para que o lançador VLS esteja pronto para nova tentativa de lançamento em 2006.O acidente aconteceu em 22 de agosto de 2003 e resultou na morte de 21 técnicos que preparavam o lançamento do foguete VLS-1.

De acordo com Carvalho, depois de avaliar as causas do acidente, a comissão externa criada com este fim divulgou um relatório com as recomendações que têm sido seguidas pelos órgãos responsáveis. Para ele, o encaminhamento dado ao PNAE nos últimos dez anos foi acertado. "Se houver modificações, serão pequenas modificações de curso ou pequenos detalhes dentro de cada ação”.

Carvalho informou que uma das modificações seria verificar os recursos gastos com as atividades do PNAE e rever os orçamentos. “Nós temos problemas orçamentários. Todo ano falta dinheiro e a gente tem que pedir mais”, disse. Ele revelou que o melhor orçamento que o setor já teve, entre 1988 e 1989, foi de R$ 300 milhões no ano. “É mais ou menos disso que precisamos, mas hoje nosso orçamento está perto de um terço desse valor, está previsto em torno de R$ 107 milhões”, enfatiza.

A cada dez anos, o PNAE sofre uma revisão para adequar suas diretrizes à realidade orçamentária e aos interesses nacionais. Entram na pauta todas as ações do governo na área, como iniciativas relativas a construção de foguetes, bases de lançamento de satélites, ciência espacial, infra-estrutura e aplicações, desenvolvimento tecnológico e geoprocessamento.

A partir do ano que vem, o programa entra em mais uma fase de revisão. “O novo período vai até 2014 e, durante esse tempo, a gente tem que rever as prioridades: o que foi feito, se o que está sendo feito tem realmente cumprido os objetivos da política espacial traçadas, se têm sido condizentes com o que tem sido aplicado, se a indústria tem participado mais ou menos”, conta o diretor da AEB. “Essas são questões que nós vamos nos colocar para rever o programa e redirecionar, se necessário, as ações e os projetos espaciais”, explicou.




Fonte: Agência Brasil

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