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Politica Brasil
Quarta - 18 de Agosto de 2004 às 18:32

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A Polônia, o sexto maior país da Europa, quer estreitar a aproximação com o setor produtivo mato-grossense, o que fortalecerá suas relações comerciais com o Brasil. No Seminário Sobre Oportunidades de Negócios, realizado no dia 17 de agosto, no Sesc Arsenal, com parceria da Federação do Comércio do Estado de Mato Grosso e do Governo do Estado, foram apresentadas as potencialidades as potencialidades daquele país e proposto negócios bilaterais. O setor produtivo foi convidado a formar comitiva para conhecer de perto a nação que é uma das grandes apostas da União Européia.

O presidente da Fecomércio/MT, Pedro Nadaf na abertura do evento destacou que a entidade está empenhada em contribuir com a busca de novas oportunidades no mercado externo. Ele apontou que Mato Grosso, com seu grande potencial no agronegócios tem muito a oferecer. Ele se mostrou aberto a articular junto as demais entidades do setor produtivo e ao governo a ida de uma comitiva a Polônia, país que considera muito atrativo para investimentos. “Estudaremos uma forma de tornar viável esta viagem de negócios”, frisou o presidente.

André Lisowski, o cônsul da Polônia em São Paulo, na abertura do seminário falou sobre a acolhida que diversos estados brasileiros tem dado ao seu país. A Polônia tem buscado novos mercados, inclusive intensificando sua atuação econômica após sua inserção como país membro da União Européia, em maio deste ano. Portanto, neste sentido tem falado diretamente com empresários mostrando os aspectos econômicos que torna a nação uma referência da Europa Central.

O Conselheiro da Embaixada da Polônia no Brasil, Piotr Maj, chefe do Departamento Econômico e Comercial – DEC, de São Paulo, foi o facilitador do seminário. Ele disse que a expansão de 6, para 15 países membros da União européia foi muito significativo para a expansão econômica, pois deu aos seus participantes a possibilidade de crescer e crescer muito. Para se ter uma idéia a União Européia tem acordado a reserva de 8,2 bilhões de euros em Fundos Estruturais e 4,1 bilhões para a Fundo de Coesão, totalizando assim 12,5 bilhões de euros.

Hoje os maiores parceiros da Polônia, são por ordem, a Alemanha, França e Itália. O Brasil, embora não esteja entre seus principais parceiros mantém um relacionamento estável. Busca-se, no entanto, fortalecer os laços, pois há grande oportunidades para os empresários brasileiros naquela nação, frisou Piotr Maj, destacando que juntos pretende-se grandes negócios. Citando o exemplo da Alemanha, o conselheiro disse que há uma situação bastante equilibrada nos negócios, sendo que no ano passado exportou para a Polônia US$ 17.2 bilhões e importou, US$ 16.5 bilhões.

“Queremos comprar do Brasil, mas também vender para este país”, deixou claro Maj. Os últimos números desta relação bilateral, mostra um superávit favorável para a Polônia, sendo que em 2003, o mercado polonês exportou US$ 120 milhões para o mercado brasileiro, registrando crescimento de 21% em relação ao ano anterior. E, importou do Brasil US$ 76,9 bilhões, registrando-se uma diminuição de 23%.

Hoje o Brasil compra da Polônia, trigo, sulfato de amônio, trilhos de aço, fertilizantes, motores diesel e até aviões. São 400 itens importados. Mato Grosso, por exemplo compra aeronaves para utilização na agricultura, o M 18 Dromader. “Fazemos bons negócios na Agrishow”, disse Maj, apontando que mesmo pagando-se o frete, este avião sai ainda mais barato que o Ipanema, fabricado no mercado nacional pela Embraer. A Polônia tem importado do Brasil, dentre outros produtos, o fumo, minério de ferro não aglomerados;bagaços e outros resíduos sólidos da extração do óleo de soja; lâminas de barbear;café não torrado, não descafeinado em grão;máquinas e aparelhos para colheita e amortecedores de suspensão para tratores e automóveis.

O crescimento da Polônia , cujo PIB trimestral de 2004 foi de 6,9% comparado aos países que compõem os tigres Asiáticos e sua inflação registrada no ano passado de 1,7%, já são fatores interessantes para se mensurar a viabilidade do país. Maj disse ainda que o governo tem uma política econômica que favorece a iniciativa privada, pois a taxa de juros referencial é de 5,25% e foram diminuídos os impostos de 27 para 19 itens. Com isto o governo tem faturado o dobro com a arrecadação. “Hoje os empresários não precisam operar no mercado negro e sonegarem impostos”, informou.

O turismo tem sido um outro bom negócio para a Polônia, que recebe ao ano 52.1 milhões de visitantes, sendo que destes 13.7 milhões são classificados como turistas, que contribuem com US$ 4.07 bilhões de entrada de divisas ao país.

Maj disse que a Polônia, apesar da sua economia rumo a estabilidade, tem um problema de 20% de desemprego, herança do antigo sistema político. Para reverter este quadro, muitos fatores enchem de ânimo o mercado. Para se ter uma idéia, do valor aplicado aos fundos estruturais, pela União Européia naquele país, 1,4 bilhões de euros estará reservado para a área de recursos humanos, incluindo-se a qualificação profissional e 1,2 bilhões de euros para apoio às pequenas empresas, o que se comprova que há incentivo a geração de emprego e renda.

As decisões tomadas pela Polônia no sentido de estreitar suas relações exteriores, refletirão no futuro próximo. Depois do ano 2007, segundo relatório do Ministério da Fazenda da França, a Polônia será o país mais beneficiado dos 25 membros da União Européia, destacou Maj. Portanto, o momento é bem propício para se buscar parceiros para impulsionar o desenvolvimento econômico, concluiu.




Fonte: Só Notícias

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