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Internacional
Segunda - 09 de Agosto de 2004 às 17:31

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A Federação Internacional de Jornalistas (FIJ) disse nesta segunda-feira que é um ato de "censura inaceitável e ilógico" a decisão do governo interino iraquiano de fechar por um mês o escritório em Bagdá da emissora de televisão Al Jazira. O primeiro-ministro interino iraquiano, Iyad Allawi, tomou esta medida depois de uma comissão determinar que o canal estava incentivando a criminalidade e os seqüestros, informa a FIJ em comunicado.

O secretário-geral da FIJ, Aidan White, disse que "é impossível não chegar à conclusão de que este ato tem uma motivação política" a cargo de pessoas no poder que "gostariam que algumas realidades políticas iraquianas não fossem tão claramente expostas à opinião pública".

O fechamento temporário das instalações da Al Jazira em Bagdá é um ato de "censura inaceitável e ilógico que ofusca as esperanças em uma nova era para a liberdade de imprensa", acrescenta a nota.

A decisão das autoridades iraquianas "parece um atentado destinado a silenciar com persistência uma voz independente que se indispôs com diversos regimes árabes por seu jornalismo duro".

Para White, o fechamento da emissora é um sinal negativo a todos aqueles que esperam que a democracia volte ao Iraque. "A Al Jazira não está fazendo nada que não façam outras organizações parecidas no Ocidente e no mundo todo."

A FIJ pediu às autoridades iraquianas que reconsiderem a decisão, já que "a censura não é uma resposta à crise atual e só vai piorar as coisas e aumentar a incerteza e a ansiedade".




Fonte: EFE

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