Suínos e aves de Mato Grosso são promessa de destaque no mercado mundial

Depois da explosão da soja, algodão e a pecuária bovina, suinocultura e avicultura de Mato Grosso são a promessa de destaque no mercado mundial. Não é por menos, o Estado reúne todas as condições necessárias para ampliar a produção de carne suína e ave com mais qualidade e menor preço em função de possuir em abundância soja e milho, alimentação básica desses animais.

O crescimento gradativo vem em velocidade cada vez mais intensa, os representantes do setor já arriscam a afirmar que as duas culturas serão a alavanca da economia mato-grossense no 2º. Ciclo econômico que já começou, mas deve se consolidar nos próximos anos.

A suinocultura, por exemplo, em 1997 o plantel do Estado era de 114.900 animais, sendo 11.490 matrizes. Em 2003, o rebanho saltou para cerca quase 500 mil animais. Atualmente existem cerca de um milhão de animais, dos quais 52 são matrizes, conforme dados da ACRISMAT (Associação dos Criadores de Suíno de Mato Grosso).

O abate de suíno aumentou em três anos 215%, passou de 254 mil animais em 2000 para 800 mil cabeças em 2003, como mostra o INDEA (Instituto de Defesa Agropecuária). Dessa carne, 21,5 toneladas são industrializadas. Existem 14 frigoríficos em operação no Estado.

Na avicultura o resultado também é bem-sucedido. Em 2002 o abate regional de ave era de 57,8 milhões, em 2003 aumentou para 66 milhões. Mais de 14 mil toneladas de carne de frango passam pelo processo de industrialização nos cinco frigoríficos existentes.

EXPORTAÇÃO :

Essa evolução está intrinsecamente ligada ao crescente interesse internacional por tipo de carne. Conforme o Ministério de Desenvolvimento de Indústria e Comércio Exterior (MDIC), em 2000 Mato Grosso obteve US$ 4,7 milhões exportando em 4,7 mil toneladas (t) de carne de frango, em 2003 foram US$ 33.8 milhões e 39 mil t, crescimento em três anos de quase 600%.

Comparado o primeiro semestre do ano passado (janeiro a junho), foram exportadas 15,5 mil toneladas (t) o equivalente a US$ 13,2 milhões, e em 2004 o resultado do período foi 21,7 mil t, correspondendo a US$ 21 milhões.

As exportações de suíno estes primeiros seis meses do ano aumentaram 1.095% em relação a igual período de 2003. Passaram de 96 t ou US$ 91,5 mil em 2003 para 856,7 t, igual a US$ 1 milhão. Em 2000, o comércio externo do suíno estadual era pífio à época Mato Grosso comercializou no mercado internacional apenas quatro toneladas, resultando em US$ 7,5 mil. Em 2003 o setor conquista consumidores ampliando as exportações para 177 t ou US$ 173 mil, 44 vezes superior ao verificado há três anos.

"Tanto um como outro setor vai crescer muito daqui para frente pelos mesmos motivos: os frigoríficos e produtores estão investindo em qualidade pensando no mercado externo, se adequando às exigências internacionais", afirmou o coordenador do Centro Internacional de Negócios (CIN) da FIEMT (Federação das Indústrias de Mato Grosso).

Na opinião da proprietária de uma empresa de exportação, Bianca Vargas, a suinocultura e avicultura estão registrando avanço progressivo. Ela instalou há um ano e meio sua empresa para auxiliar as empresas a exportar. "Vim para suprir as necessidades dos frigoríficos da região que exportam cada vem em maior quantidade carne congeladas, em pedaços e inteiros", disse a empresária.