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Polícia Brasil
Quarta - 04 de Agosto de 2004 às 13:17
Por: Carlos Martins

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Sete meses depois da apreensão de sete carretas com combustível adulterado em Cuiabá, o trabalho de investigação conduzido pela Delegacia Fazendária e por fiscais da Secretaria de Estado de Fazenda resultou até agora em quatro inquéritos policiais - um dos quais, com quatro mil páginas, já foi encaminhado à 12ª Promotoria de Justiça de Combate à Sonegação Fiscal. Baseado em outro inquérito, a 12ª Vara Criminal ofereceu denúncias contra os donos do Grupo Petróleo (Gold Petróleo), Joaquim Crisóstomo de Paula, seu irmão Maurício de Paula e a mãe deles, Maria das Graças Borges de Paula.

Além de comprarem o combustível adulterado, os três são acusados de tentativa de suborno para que um laboratório atestasse como aprovada a gasolina adulterada. A investigação levou a polícia a duas cidades mineiras, a quatro municípios paulistas e ao Distrito Federal. Pelo menos até agora, além dos três denunciados, 17 proprietários de distribuidoras, revendedoras e transportadoras de combustíveis foram indiciados.

No dia 24 de janeiro (um sábado), atendendo a um mandado judicial, o desembargador do plantão do Tribunal de Justiça Donato Fortunato Ojeda determinou a liberação dos caminhões. Por volta das 20 horas a delgada Valéria Pimenta, que conduzia as investigações, recebeu a notícia de que os caminhões estavam deixando o posto fiscal Flávio Gomes, onde estavam estacionados. Imediatamente foi protocolado no plantão da Justiça Federal pedido de busca e apreensão das caretas. O juiz José Pires da Cunha atendeu o pedido e os caminhões foram novamente apreendidos pela polícia quando já se encontravam no posto da PRF em Rondonópolis. Isso motivou novo processo, que está tramitando na Justiça Federal, na 5ª Vara.

A apreensão das carretas ocorreu no dia 2 de janeiro. Um denunciante anônimo ligou para a Delegacia Fazendária e avisou que no pátio da Transportadora Grupo Petróleo, no Parque Ohara, região do Coxipó, havia seis carretas com solvente acobertado por notas fiscais de gasolina tipo “A”. Uma equipe de policiais coordenada pela delegada Valéria Pimenta e um grupo de fiscais tendo à frente a fiscal de tributos Wilce das Graças foram para o local e constataram que as notas foram emitidas de foram seqüenciais pela empresa Petromil Distribuidora de Petróleo, de Paulínia (SP), e tinham como destinatária a Aspen Distribuidora de Combustíveis, filial de Mato Grosso e cujo endereço figurava um edifício no centro de Cuiabá. O sétimo caminhão foi descoberto pela polícia estacionado no pátio do Posto Manga, na avenida da FEB, em Várzea Grande, de propriedade de Renata Casanova, esposa de Joaquim Crisóstomo de Paula. No caminhão, encontrou-se uma nota fiscal, na mesma seqüência das outras, e que tinha também como emitente a Petromil e como destinatário a Aspen. As sete carretas totalizaram 275 mil litros combustível, discriminado como “gasolina A”, no valor total de R$ 56l mil.




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