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Internacional
Quarta - 04 de Agosto de 2004 às 07:52

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O secretário de Segurança Interna dos Estados Unidos, Tom Ridge, disse ontem que o governo americano considerou "essencial" divulgar as informações que levaram ao novo alerta contra terrorismo, mesmo que parte delas seja de 2000 e 2001. Ridge disse também que o reforço da segurança também "dificultou que os terroristas alcancem os seus objetivos".

As edições desta terça-feira dos jornais Washington Post e New York Times trouxeram reportagens questionando a atualidade dos dados usados como base para a elevação do estado de alerta nos Estados Unidos.

No domingo, quando Ridge anunciou o reforço na segurança do país por causa da suposta ameaça de novos ataques da rede Al-Qaeda, o secretário afirmou que a decisão havia sido baseada em "informações novas e anormalmente específicas" sobre onde os ataques poderiam acontecer.

Atualização

A conselheira de segurança Frances Townsend disse no dia de ontem que, embora várias das informações tenham sido de fato colhidas em 2000 e 2001, muitas foram atualizadas.

"Muitas foram atualizadas, algumas até em janeiro deste ano", disse Townsend.

Ridge também refutou as acusações de que o alerta de domingo teria sido dado para afastar das manchetes de jornal o candidato democrata à Presidência, John Kerry, que tem estado em evidência desde a convenção do partido dele, na semana passada.

"Não fazemos política no Departamento de Segurança", disse Ridge. "O nosso trabalho é identificar as ameaças".

Várias das informações usadas pela administração Bush teriam partido de um membro da Al-Qaeda tido como importante que está preso no Paquistão.

No entanto, o governo do Paquistão negou que as informações obtidas com a prisão de um militante preso há duas semanas indicassem a iminência de um ataque da Al Qaeda.

Restrições

As autoridades americanas impuseram uma série de restrições ao trânsito em Nova York e adotaram medidas extraordinárias de segurança em Washington depois de um alerta sobre possíveis atentados a instituições financeiras das duas cidades.

As autoridades interditaram o túnel Holland, que liga uma área de Manhattan onde ficam várias instituições financeiras a Nova Jersey. Também foi restringida a circulação de caminhões em áreas do centro de Nova York.

Em Newark, a polícia colocou barreiras de metal em torno do edifício Prudential Plaza (um dos supostos alvos), fechou duas ruas e colocou oficiais com rifles de assalto.

Em Washington, o prefeito Anthony Williams decidiu estender o "alto" alerta de segurança para toda a cidade.

Os edifícios que abrigam o FMI e o Banco Mundial (outros supostos alvos) estão sendo vasculhados por cachorros farejadores de explosivos. Os dois prédios ficam perto da Casa Branca.

Outras medidas de segurança incluem ainda maior vistoria em veículos de grande porte que entram no centro da capital americana.

Funcionários de algumas das mais famosas instituições financeiras dos Estados Unidos foram convocados a comparecer ao trabalho apesar das "ameaças" da rede extremista Al Qaeda.

Al Qaeda teria novos planos de atentados

Segundo os jornais americanos, boa parte dos dados que teriam baseado as fortes medidas de segurança tomadas pela administração do presidente George W. Bush seria de antes dos atentados de 11 de setembro de 2001. Os dois diários dizem ainda que, mesmo dentro dos serviços de inteligência nos Estados Unidos, há quem duvide de que a Al Qaeda ainda esteja rondando instituições financeiras no país para planejar novos ataques. No entanto, o governo americano argumenta que mesmo informações com mais de três anos ainda justificariam a enorme operação de segurança montada no país. O governo Bush diz que obteve outras informações que indicam a intenção da Al Qaeda de lançar um novo ataque contra os EUA.




Fonte: Folha do Estado

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