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Polícia Brasil
Sábado - 10 de Julho de 2004 às 22:52
Por: Adilson Rosa

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O estudante Leonardo Jaune está preso na Delegacia de Vigilância e Capturas (Decap). Ele teve a prisão temporária decretada por cinco dias pelo juiz plantonista Aristeu Dias, da Comarca de Cuiabá. Leonardo está sendo investigado no assassinato e ocultação de cadáver do advogado Anderson Eustáquio da Costa, 27 anos, morto com nove tiros de pistola.

Leonardo foi preso na sexta-feira à noite, após prestar depoimento na Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) sobre a morte do advogado. Em seu depoimento, negou a participação no crime. Ele repetiu ao delegado João Bosco de Barros o que havia dito anteriormente. Leonardo é irmão da estudante Taíssa Jaune, que morreu ao cair do quinto andar do prédio onde mora, há quinze dias.

Segundo o estudante, ele deixou Anderson a 50 metros do apartamento do advogado no dia de seu desaparecimento, 29 de junho. E não mais o viu. Leonardo confirmou que, momentos antes de sair do carro, Anderson recebeu um telefonema da namorada. Na conversa, o casal combinou sair para jantar, mas Anderson disse que antes iria participar de uma reunião na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).

Em conversa informal com os policiais, a namorada do advogado disse que ligou no celular dele e achou estranho o fato de várias pessoas estarem falando ao mesmo tempo ao fundo da ligação. Segundo ela, Anderson teria gritado com as pessoas que estavam em volta pedindo para que elas “calassem a boca”. Mas Leonardo disse que estavam somente os dois. A namorada acrescentou que na hora da ligação Anderson contou que retornava do bairro Pedregal.

Policiais disseram que a namorada foi ouvida de informalmente no período em que investigavam o desaparecimento do advogado. Com o assassinato ela deverá depor no inquérito na próxima semana.

Segundo o delegado Bosco, o pedido de prisão de Leonardo se explica por ele ser a última pessoa a estar com o advogado e este ter a barriga cortada com uma faca.

"Localizamos uma faca no carro de Leonardo que pode ter sido usada para cortar a barriga da vítima. Temos indícios para pedir a prisão temporária dele", informou o delegado.

Delegado Barros explicou que a prisão temporária é concedida para que seja feita a investigação e que o suspeito não desapareça nesse período.

O advogado Marcílio Donegá vai defender Leonardo. Em entrevista por telefone, o advogado negou as acusações. Donegá disse ainda que nenhuma medida será tomada até que o prazo de cinco dias da prisão temporária termine.




Fonte: Diário de Cuiabá

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