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Cultura
Quinta - 08 de Julho de 2004 às 13:42

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A visão crítica de um cineasta brasileiro que desnuda o Brasil em suas desigualdades poderá ser apreciada na Mostra João Batista de Andrade – O Cinema e a Construção de Contra-História, no Sesc Arsenal. A mostra, resultado da parceria entre a Associação Mato-grossense de Audiovisual (AMAV/ABD-MT) e Sesc Arsenal, segue até o dia 18 de julho, de terça a domingo, com entrada gratuita.

A programação de sexta-feira projeta, às 18 horas, os curtas-metragens Pedreira, que aborda a falta de segurança em pedreiras, onde trabalhadores são ameaçados pelas explosões, Mercúrio no Pão de Cada Dia, que mostra a poluição por mercúrio, a contaminação do mar e de moradores que dele extraem seus alimentos e Greve!, produção que aborda os principais acontecimentos da greve dos metalúrgicos do ABC em 1979. Em seguida, às 20 horas, será exibido o longa O Cego que Gritava Luz . No enredo, a história de Dimas, interpretado por Tonico Pereira, um contador de causos, que às margens do lago Paranoá, em Brasília, entretém todos os dias os freqüentadores de um bar com suas narrativas.

Mas uma destas histórias ele reluta em levar até o fim: a do assassinato de duas meninas, que teve como testemunha um rapaz cego, Olavo (Luciano Porto), que tateou o rosto de um dos assassinos. Pressionado por seus ouvintes, Dimas finalmente concorda em revelar o final da história.

Antes, porém, volta ao seu início. Fala da luta entre dois poderosos agentes imobiliários pela posse do lago e do que se instalou entre eles e um grupo de posseiros, liderados por Pedro. O relato vai surpreendendo os clientes do bar e um deles abandona a passividade para assumir papel importante na solução do mistério e na revelação de por que Dimas evitava chegar ao final de sua narrativa. Com 73 minutos de duração, a ficção, filmada em 35mm, tem no elenco além de Tonico Pereira, os atores Roberto Bomtempo, Carmem Moretzsohn, Luciano Porto e Murilo Grossi. A produção arrebatou prêmios como no Festival de Brasília 1996 de Melhor Filme (Câmara Legislativa do DF)/ Melhor Ator (Tonico Pereira), e no Festival Sesc dos Melhores Filmes de 1996 – DF, na categoria Melhor Ator para Tonico Pereira.

Fim de semana

No sábado, dia 10, às 18 horas, é a vez de Wilsinho Galiléia, realizado em 1978, um ano após O Caso Norte. Wilsinho da Galiléia marca o retorno de João Batista de Andrade aos filmes documentais baseados na reconstituição ficcional de eventos. Na tela, o relato em torno da execução de Wilsinho da Galiléia (assaltante desde os 15 anos) pela polícia paulista.

Na seqüência, às 20 horas, o imperdível O Homem Que Virou Suco. Deraldo, poeta popular recém-chegado do Nordeste a São Paulo, sobrevivendo de suas poesias e folhetos é confundido com o operário de uma multinacional que mata o patrão na festa que recebe o título de operário símbolo. O filme aborda a resistência do poeta diante de uma sociedade opressora, esmagando o homem dia-a-dia, eliminando suas raízes. No elenco, José Dumont, Aldo Bueno. Ruth Escobar, Rafael de Carvalho, entre outros. O filme recebeu Medalha de Ouro (Melhor Filme) no Festival Internacional de Moscou 1981, ganhou estatuetas no Festival de Gramado 1981 como Melhor Roteiro, Melhor Ator, Melhor Ator Codjuvante.

Já no domingo, entram em cartaz os documentários Ontem, Hoje e Amanhã, sobre Pirenópolis (GO) e a recuperação de seus monumentos históricos; Viola Contra Guitarra, que vasculha o sentido de progresso em Boa Esperança, uma pequena cidade do interior; e Independência e 1952/1982 - A Herança das Idéias, uma revisão crítica da Revolução Constitucionalista de 1932.

Informações: 616-6941




Fonte: Da Assessoria

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